São Paulo, quinta-feira, 28 de maio de 2009

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Funcionários bloqueiam reitoria da USP

Trabalhadores do local que não aderiram ao movimento exercem suas atividades em outros prédios da universidade

Na Unicamp, servidores decidiram entrar em greve por tempo indeterminado; docentes se reúnem hoje e votam indicativo de greve


TALITA BEDINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Funcionários da USP decidiram ontem bloquear as entradas da reitoria, na Cidade Universitária (zona oeste), por tempo indeterminado. Os trabalhadores, incluindo a reitora, foram proibidos de entrar. Até a conclusão desta edição, a USP não havia decidido o que faria para desbloquear o prédio.
Os funcionários, que estão em greve desde o dia 5, dizem que o acesso ao prédio só será liberado quando as reivindicações da categoria forem atendidas. A principal é o reajuste salarial de 16%, mais R$ 200. O bloqueio da reitoria foi feito por meio de piquetes de funcionários, que fecharam as duas portarias do prédio.
A movimentação começou quando ainda não havia ninguém dentro do local. Não houve confrontos. Os servidores da reitoria que não aderiram à greve estão trabalhando em outros prédios da USP, a maioria na Fuvest. A decisão de bloquear as entradas foi tomada, primeiro, em assembleia só com funcionários da reitoria. Depois, uma assembleia geral de funcionários referendou o bloqueio.
A ação pode atrasar processos administrativos da universidade, como pagamentos, a emissão de diplomas e de bolsas de estudo, por exemplo. O piquete aconteceu apenas do lado de fora da reitoria. O Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), porém, diz não descartar a possibilidade de ocupar o prédio novamente, como em 2007, quando estudantes e funcionários permaneceram no local por 50 dias.

Unicamp
Já os funcionários da Unicamp decidiram ontem entrar em greve por tempo indeterminado. A pauta de reivindicações é a mesma da USP. Hoje é a vez de os professores se reunirem em assembleia no auditório da Adunicamp (Associação dos Docentes da Unicamp). O indicativo de greve pode ser deliberado na reunião. Os docentes querem reposição pela inflação e mais de 10% de reajuste por perdas calculadas dos últimos 20 anos. O Cruesp (Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo) oferece aumento de 6,05% sobre salários de funcionários e professores.

Colaborou MATHEUS PICHONELLI, da Agência Folha



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