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Funcionários bloqueiam reitoria da USP
Trabalhadores do local que não aderiram ao movimento exercem suas atividades em outros prédios da universidade
Na Unicamp, servidores decidiram entrar em greve por tempo indeterminado; docentes se reúnem hoje e votam indicativo de greve
TALITA BEDINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Funcionários da USP decidiram ontem bloquear as entradas da reitoria, na Cidade Universitária (zona oeste), por
tempo indeterminado. Os trabalhadores, incluindo a reitora,
foram proibidos de entrar.
Até a conclusão desta edição,
a USP não havia decidido o que
faria para desbloquear o prédio.
Os funcionários, que estão
em greve desde o dia 5, dizem
que o acesso ao prédio só será
liberado quando as reivindicações da categoria forem atendidas. A principal é o reajuste salarial de 16%, mais R$ 200.
O bloqueio da reitoria foi feito por meio de piquetes de funcionários, que fecharam as
duas portarias do prédio.
A movimentação começou
quando ainda não havia ninguém dentro do local. Não houve confrontos.
Os servidores da reitoria que
não aderiram à greve estão trabalhando em outros prédios da
USP, a maioria na Fuvest.
A decisão de bloquear as entradas foi tomada, primeiro, em
assembleia só com funcionários da reitoria. Depois, uma assembleia geral de funcionários
referendou o bloqueio.
A ação pode atrasar processos administrativos da universidade, como pagamentos, a
emissão de diplomas e de bolsas de estudo, por exemplo.
O piquete aconteceu apenas
do lado de fora da reitoria. O
Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), porém, diz
não descartar a possibilidade
de ocupar o prédio novamente,
como em 2007, quando estudantes e funcionários permaneceram no local por 50 dias.
Unicamp
Já os funcionários da Unicamp decidiram ontem entrar
em greve por tempo indeterminado. A pauta de reivindicações
é a mesma da USP.
Hoje é a vez de os professores
se reunirem em assembleia no
auditório da Adunicamp (Associação dos Docentes da Unicamp). O indicativo de greve
pode ser deliberado na reunião.
Os docentes querem reposição
pela inflação e mais de 10% de
reajuste por perdas calculadas
dos últimos 20 anos.
O Cruesp (Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo) oferece aumento de 6,05% sobre salários
de funcionários e professores.
Colaborou MATHEUS PICHONELLI, da Agência Folha
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