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Alto preço da terra deteve expansão
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Em Nova Lima, município da
região metropolitana de Belo Horizonte que abrange o Alphaville
Lagoa dos Ingleses, 46% das terras estão nas mãos de duas mineradoras: a Anglogold, com 130
km2, e a MBR, com 80 km2.
A concentração fundiária, além
de fatores naturais (relevo acidentado e áreas de florestas) e de planejamento urbano (para preservar os mananciais de água, lotes
maiores foram parcelados para a
região), manteve o preço da terra
alto nos poucos espaços disponíveis e conteve a expansão urbana
no sul da região metropolitana.
Enquanto a população de Nova
Lima cresceu a taxas anuais de
2,5% nos anos 70, de 2,1% de 1980
a 1991 e de 4% de 1991 a 2000, Ribeirão das Neves, na região metropolitana ao norte de Belo Horizonte, teve, respectivamente, taxas anuais de 27,2%, 6,2% e 8,2%
nos mesmos períodos.
Livre da "periferização", o vetor
sul da região metropolitana passa
a abrigar os chamados condomínios fechados. Em Nova Lima, foram 16 loteamentos aprovados na
década de 70, dois na década de
80 e cinco na década de 90.
Com o esgotamento da exploração de ouro e minério de ferro em
muitas áreas, as mineradoras passaram a buscar novas alternativas
econômicas, como a transformação de suas terras em grandes empreendimentos imobiliários. A
área do Alphaville Lagoa dos Ingleses, por exemplo, foi comprada da MBR (Minerações Brasileiras Reunidas).
(TG)
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