São Paulo, segunda-feira, 28 de junho de 2004

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RIO

Para a PM, evento reuniu 250 mil

Dia ensolarado leva multidão à parada gay

Felipe Varanda/Folha Imagem
Participantes da 9ª Parada do Orgulho GLBT do Rio durante evento em Copacabana, que contou ainda com nove trios elétricos


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Uma multidão colorida tomou conta da praia de Copacabana ontem durante a 9ª Parada do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros) do Rio. A parada reuniu de 250 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, a 600 mil, segundo a organização do evento, entre crianças, idosos, homossexuais e simpatizantes.
O dia ensolarado fez com que muitos que foram à praia ficassem mais tempo para ver a parada, que teve música eletrônica e muita gente fantasiada.
Foi o caso de Jaqueline Motta, 21, e Marcele Cruz, 22, que acompanharam a passagem dos nove trios elétricos que cruzaram a avenida Atlântica, do posto 2 ao posto 6. "Viemos tomar sol, mas como a gente gosta muito de música eletrônica, resolvemos tomar uma cerveja no calçadão e assistir aos gays", disse Cruz.
A aposentada Joana Moreira, 73, levou os netos João, 7, e Caio, 5, à parada gay. Ela disse que eles ainda "não entendem nada de preconceito e riem quando vêem homens vestidos de mulher".
A maioria não estava fantasiada, mas não era difícil ver drag queens com suas roupas espalhafatosas, homens vestidos de diabinhas e com saias à la "Darlene" -personagem de Deborah Secco na novela "Celebridade". Um homem vestido de bailarina escalou a estátua em homenagem aos "18 do Forte", 17 militares e um civil que enfrentaram as tropas do governo federal em 1922.
No primeiro trio elétrico, intitulado "Careta para o Preconceito", estavam personalidades e políticos, entre eles Elke Maravilha. "Essa passeata representa a luta pela desconstrução do preconceito", disse a secretária Nilcéia Freire (Políticas para as Mulheres).
"Na parada gay, o que vale é dizer não ao preconceito", disse o presidente do Grupo Arco-Íris, Cláudio Nascimento, organizador da parada.
Em Campinas (SP), a 4ª parada gay reuniu ontem pelo menos 4.000 pessoas, segundo a PM, e 5.000, conforme a organização.


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