São Paulo, sábado, 28 de junho de 2008

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Aquário no Ipiranga reabre com tanque gigante e tubarões

Reabertura será em 4 de julho; além de tubarões-lixa, tanque de 1 milhão de litros, com água salgada, terá arraias e cardumes

Aquário funcionava desde 2006 só com peixes de água doce e está fechado há 15 dias; agora, terá o maior oceanário do continente, dizem donos

TALITA BEDINELLI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um tanque com 1 milhão de litros de água salgada, por onde nadam tubarões, arraias e cardumes de diferentes espécies, será a principal atração do Aquário de São Paulo, que reabrirá em 4 de julho.
No aquário gigante, localizado em uma cabine subaquática, um par de tubarões-lixa nada por cima da cabeça dos visitantes. Atrás deles, nadam cardumes que tentam fugir de um possível ataque de fome. Uma réplica de um submarino foi feita para dar a sensação de que se está debaixo d'água.
Localizado no Ipiranga (zona sul de São Paulo), o aquário funcionava desde 2006, mas abrigava apenas espécies de água doce.
O local fechou as portas há 15 dias para o término das obras do novo espaço, com habitat marinho. Com isso, tornou-se o maior oceanário da América do Sul, de acordo com os donos.
O antigo espaço de 2.000 metros quadrados passou para 5.000 metros quadrados e ganhou novas 200 espécies, 15 delas apenas no aquário gigante.
Os dois ambientes foram organizados de forma integrada para que o visitante possa observar a transição entre os dois habitats, explica o biólogo do local, Rafael Gutierrez.
Logo que entra, o visitante passa pelos tanques com espécies de água doce -onde estão peixes como lambaris, ciclídeos americanos e répteis, como um par de filhotes de jacarés albinos, que sofreram uma mutação genética e perderam a pigmentação da pele.
Outra atração desta área são os ratões do banhado, que podiam ser encontrados às margens dos rios Tietê e Pinheiros, antes da urbanização da cidade e da poluição das águas.
Na nova parte, um mangue cenográfico foi montado para abrigar siris, caranguejos e cavalos-marinhos, "que estão no espaço porque se reproduzem em manguezais", explica o biólogo. Tanques com peixes de água salgada também abrigam moréias e ouriços-do-mar.
Para a construção do aquário gigante, explica Gutierrez, foi preciso importar tecnologia do exterior, pois não havia no Brasil empresas que fabricassem os acrílicos de quase 15 centímetros de espessura necessários para comportar tamanha quantidade de água. "Se fossem vidros, poderiam estourar", diz.
Oito pingüins também fazem parte das novas atrações. Eles ficarão na área reservada para a ambientação do pólo Sul. Neste local também foi montada uma réplica da estação polar de pesquisas do Brasil, para que os visitantes conheçam o ambiente onde trabalham os pesquisadores, de acordo com o biólogo.
A proposta do aquário é conscientizar as crianças e os adultos que passam pelo local da importância da conservação ambiental, contam os organizadores. "Todo o trajeto é acompanhado por monitores que mostram que o homem e a natureza devem conviver em harmonia", diz Gutierrez.
Para passar a mensagem para as crianças, haverá um cinema em 3D, que mostrará desenhos animados que falam sobre o ambiente. A programação deverá mudar periodicamente.


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