Veículos pesados ficam proibidos de circular, de acordo com o final das placas, das 7h às 10h e das 17h às 20h

Restrição passa a vigorar também em outras oito das principais vias de São Paulo; prefeitura espera aliviar congestionamentos

DA REPORTAGEM LOCAL

Em dia de volta às aulas, começa hoje o rodízio para caminhões nas marginais Tietê e Pinheiros e outras oito vias de São Paulo. Até a semana passada, o rodízio para caminhões era restrito às vias internas do centro expandido. Agora, os veículos pesados passam a seguir as mesmas regras válidas para carros, tendo que obedecer à proibição nas vias que limitam essa área central.
Além das marginais, a restrição vai vigorar nos seguintes locais: av. Salim Farah Maluf, av. dos Bandeirantes, av. Afonso Taunay, complexo Viário Maria Maluf, av. Tancredo Neves, av. das Juntas Provisórias, viaduto Grande São Paulo e av. Luís Ignácio de Anhaia Melo (do viaduto Grande São Paulo à av. Salim Farah Maluf).
O horário do rodízio segue inalterado-das 7h às 10h e das 17h às 20h. O sistema de numeração das placas também é igual ao dos carros: às segundas-feiras, ficam proibidos de circular caminhões com final de placas 1 e 2, e assim por diante, até sexta (9 e 0).
É a segunda medida implantada pela gestão Gilberto Kassab (DEM) para tentar reduzir o número de caminhões circulando. A prefeitura iniciou em 30 de junho a proibição de caminhões de grande e médio porte, das 5h às 21h, dentro de uma área de 100 km2. Os caminhões de até 6,30 m só podem rodar nessa área de dia obedecendo a um revezamento (dia sim, dia não, conforme a placa).
Caminhões que forem encontrados nos acostamentos das rodovias estaduais para escapar do rodízio nas marginais terão uma tolerância da Polícia Rodoviária antes de receberem multa, nesses primeiros dias.
Ao serem abordados, serão orientados a voltar e parar em postos de gasolina ou bolsões nas estradas. A multa só será aplicada em caso de recusa.
Com o rodízio, a prefeitura espera retirar 20% dos cerca de 126 mil caminhões dessas vias nos horários de pico, o que deve resultar em melhora da fluidez em até 11% nesses horários.
A medida, porém, segundo as concessionárias de rodovias, deve provocar concentração do fluxo de caminhões à noite e de madrugada e entre horários de pico, pela manhã e à tarde.
Por dia, 230 mil caminhões circulam na capital. Cerca de um terço chega à cidade pelas rodovias, segundo a CET. Desses, 20 mil usam as marginais.
Parar no acostamento sem "motivo de força maior" -quebra do veículo ou socorro a acidentes- também é infração de trânsito. A diferença é que desrespeitar o rodízio é uma infração média (R$ 85,12) e parar no acostamento, leve (R$ 53,20).
"É mais barato encostar do que seguir viagem", diz o presidente do Sindicato da União Brasileira dos Caminhoneiros, José Natan. Ele considera insuficientes os estacionamentos ao longo das estradas.
Outra medida que começa a valer nesta semana é o aumento das restrições a caminhões pequenos em 100 km2, de dia, a partir de sexta-feira. (RS e AI)


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