São Paulo, sábado, 28 de agosto de 2004

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POLÍCIA

Edifício da rua Apinagés (zona oeste) foi invadido por cerca de 10 homens armados; 15 moradores foram rendidos

Grupo faz arrastão em prédio de Perdizes

LUÍSA BRITO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Cerca de dez homens armados fizeram um arrastão num edifício no bairro de Perdizes (zona oeste de São Paulo), na noite da última quinta-feira, mantendo 15 moradores reféns.
O assalto no edifício localizado na rua Apinagés começou por volta das 21h e durou quase três horas. Foram levados dinheiro e jóias de pelo menos oito apartamentos, além de um notebook e o carro de um morador.
Só de um apartamento, foram levados em espécie R$ 20 mil e US$ 3.200. Em outro, os criminosos encontraram US$ 10 mil.
Os ladrões entraram pela garagem do prédio a bordo de dois carros, um deles identificado como um Ômega Suprema, cujas placas estavam cobertas.
Eles abriram o portão utilizando o controle remoto de uso exclusivo de moradores. Os suspeitos renderam o porteiro e, à medida que os moradores chegavam à garagem, eram abordados e levados aos seus apartamentos, para entregar jóias e dinheiro.
"Todos estavam com radiocomunicadores e armados. Eles eram bonitos, bem-vestidos e educados. Disseram que eu não precisava ter medo, que eles não iam matar ninguém. Mesmo assim, ficamos apreensivos", relatou uma moradora que teve roubados as jóias e três celulares.
Ao final da ação em cada andar, os moradores eram levados à garagem e orientados a se esconderem atrás de um carro.
Depois de concluir os roubos, os assaltantes trancaram as vítimas num quarto de um apartamento do sétimo andar e ordenaram, sob ameaças, que todos aguardassem uma hora antes de deixar o local. Para evitar que os moradores tentassem se comunicar com a polícia, os ladrões arrancaram os fios de telefone do quarto.
Após cerca de 50 minutos, a polícia chegou e libertou os moradores. Até o fim da manhã de ontem, apenas duas pessoas haviam registrado o assalto no 23º DP. A polícia ainda não tem pistas.
O edifício possui 18 apartamentos distribuídos em nove andares. O prédio conta com sistema de monitoramento e alarmes instalados por uma empresa especializada. No entanto, o dispositivo não foi acionado durante o assalto.
A empresa não quis se pronunciar antes de concluir as investigações sobre o crime.


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