São Paulo, sábado, 28 de agosto de 2004

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Vítima vive 3 horas de pânico

FREE-LANCE PARA A FOLHA

"Foram três horas de pânico", desabafou uma moradora ameaçada com duas armas apontadas em sua direção. Ela foi a penúltima a ser roubada e ter o apartamento invadido pelos ladrões.
"Quando fui abordada, ofereci meu carro para evitar que eles subissem porque temia por meus filhos e meu neto de sete anos, que estavam em casa. Mas os ladrões insistiram dizendo que queriam jóias e dinheiro e garantiram que não me fariam mal. Realmente, nos trataram com educação e alegaram estar fazendo o assalto porque precisavam", contou.
Os suspeitos a acompanharam até seu apartamento, onde roubaram jóias e ainda se serviram de refrigerantes e sucos. Depois trancaram a mulher, os parentes e os outros moradores num quarto.
"Eles disseram que nós não tentássemos sair porque havia gente nos vigiando. Uma mulher, que havia deixado a filha sozinha no apartamento com a empregada, chorava bastante e eles se aborreceram. Tentamos acalmá-la para nada nos acontecer. Meu neto também estava muito tenso e ficava engolindo o choro", detalhou a moradora assaltada.
"Numa hora dessas, nos sentimos muito impotentes e ainda ficamos agradecidos por eles não terem nos maltratado. É uma inversão de valores", afirmou. Ainda atônita com a situação e sem esperanças de que possa ter de volta seus bens, ela preferiu não registrar queixa na delegacia.


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