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Atividades estão próximas da cidade
DA REPORTAGEM LOCAL
Praticar esportes de aventura,
que proporcionam um maior
contato com a natureza, sem se
afastar muito da metrópole. A
proposta, aparentemente paradoxal, tem dado certo em São Paulo.
A menos de 100 km da capital, é
possível encontrar espaços para
atividades como rapel, mergulho,
asa-delta e rafting.
"O pessoal tem buscado fazer
essas coisas sem ter de ir para
muito longe, porque viajar é caro.
O custo para ir até Brotas [a 245
km de São Paulo], por exemplo, é
muito alto", afirma Sergio Costa,
dono da operadora Eco Venture,
referindo-se à cidade mais famosa
do Estado quando o assunto é esporte de aventura. Para atender
parte dessa demanda, Costa
criou, em janeiro, um circuito de
arvorismo em Campinas.
Em Bertioga, localizada a 92 km
de São Paulo, as principais atrações são as trilhas e as atividades
nos rios, afirma Roberto Vita, da
Rota 55 Turismo Ecológico. Entre
elas está o aquaride -em que o
esportista desce um rio deitado
sobre uma "banana" inflável.
Para algumas atividades, porém, nem é preciso sair de São
Paulo. Ao lado da represa de Guarapiranga (zona sul), há escolas de
esportes náuticos como canoagem e vela e pelo menos três academias da cidade têm infra-estrutura para a prática de escalada. Na
Casa de Pedra, em Perdizes (zona
oeste), a parede destinada à atividade chega a 14 metros de altura.
"Treino durante a semana no
ginásio e, ao fim de semana, vou
para alguma rocha fora da cidade", diz André Berezoski, 28, que
participou, em julho, do campeonato mundial de escalada. "Em
comparação a eles, nossa infra-estrutura é muito pequena."
Nem sempre, porém, a relação
ambiente urbano/esporte de
aventura acaba bem. No início
deste mês, a prefeitura proibiu a
prática de rapel no viaduto Dr.
Arnaldo (zona oeste de São Paulo). A ação da prefeitura gerou
protestos dos adeptos do esporte.
O crescimento desordenado do
setor no Estado levou o deputado
Mauro Bragato (PSDB) a apresentar na Assembléia Legislativa
um projeto de lei que regulamenta o turismo de aventura. O projeto prevê que as operadoras busquem uma licença junto à Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo para atuar no setor e que enviem ao órgão, mensalmente, demonstrativos de controle de fluxo e de acidentes.
(AL)
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