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NA NOITE
Clube noturno tenta restringir
DA COLUNISTA DA FOLHA
DA REDAÇÃO
Os novos paparazzi preocupam
proprietários e hostess (recepcionistas) das principais casas noturnas da cidade de São Paulo.
Para que a privacidade dos freqüentadores seja respeitada, alguns clubes proíbem a entrada de
máquinas fotográficas em suas
dependências.
A questão que tira o sono hoje
de quem trabalha na noite é: como lidar com as câmeras de celular, já que os seguranças das casas
noturnas não podem pedir para
confiscar o telefone de um freqüentador?A solução tem sido
abordar gentilmente quem estiver
usando o celular para fotografar e
pedir para que se retire.
"Já tivemos um problema na casa por causa disso, quando a [atriz
e modelo] Luana Piovani esteve
lá. As pessoas sacaram seus celulares e começaram a fotografar",
diz Facundo Guerra, um dos proprietários do clube Vegas, o mais
badalado de São Paulo hoje.
"Acho que a privacidade de
qualquer pessoa que freqüenta
uma casa noturna precisa ser preservada. Tanto faz se quem está lá
é a Luana Piovani ou uma pessoa
anônima. Queremos que todo
mundo se divirta sem se preocupar", diz ainda o proprietário.
No Vegas, só fotógrafos de veículos cadastrados podem entrar.
Pessoas portando câmeras são
"gentilmente abordadas por seguranças".
"No caso de celulares, nossa
orientação é que, se você for importunado, fale com alguém da
casa ou da segurança", afirma
ainda Facundo.
Segurança alerta
O clube A Lôca, um dos mais
underground da cidade, conhecido pelas noites quentes dedicadas
principalmente ao público gay,
tem orientação parecida.
"Se vemos alguém fotografando, a segurança é acionada é dá
um toque para a pessoa guardar o
equipamento. Se a pessoa insistir,
pode ser convidada a se retirar da
casa", diz Aretuza, hostess do clube a Lôca.
A orientação, que antes dizia
respeito a máquinas, agora também diz respeito a celulares.
"O problema é que, na revista
da entrada, confiscamos a maioria das câmeras. Não podemos
confiscar o celular", acrescenta a
hostess.
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