São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 2006

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Para ministro, nota baixa é "sinal amarelo"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro da Educação, Fernando Haddad, reconhece que cursos com notas 1 e 2 no Enade e no IDD acendem "sinal amarelo", mas acha que só o Sinaes permitirá ao governo tomar providências quanto aos cursos ruins. Ele aguarda o resultado das avaliações das comissões -o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) ainda analisa se houve boicote dos alunos ao Enade.
Para o ministro, foi importante a mudança no critério de seleção dos avaliadores. Eles serão escolhidos pela Comissão Técnica de Avaliação da Educação Superior, constituída na semana passada.
Os avaliadores serão sorteados de um banco de candidatos formado, principalmente, por especialistas com título de doutor e experiência em gestão educacional.
Os relatórios com os conceitos serão públicos. Se o grupo de avaliação der conceito maior que 3 para cursos com notas 1 e 2 no Enade, o MEC pedirá revisão à comissão técnica.

Duas avaliações
O diretor Celso Carneiro Ribeiro, do Departamento de Modernização e Programas da Educação Superior, lembra que a proposta inicial do MEC era excluir do Prouni cursos que tivessem duas avaliações negativas. A mudança para três avaliações negativas foi feita pelos parlamentares.
No Congresso, um novo projeto quer retomar a exclusão após duas avaliações. Ao ser questionado sobre se não deveria haver seleção de qualidade antes da adesão ao Prouni, Ribeiro diz que o ministério considera o Sinaes uma avaliação completa.
O presidente do Semesp (sindicato das instituições privadas de São Paulo), Hermes Figueiredo, concorda com a exclusão dos cursos que fujam às regras do Sinaes, mas acha que o Enade "é só um aspecto da avaliação". "É cedo para dizer que algum curso tenha de sair do Prouni."


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