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Plantão Médico
Livro discute câncer e psicologia
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
As pessoas que sobrevivem
ao câncer apresentam quase o
dobro da taxa de "aflição psicológica severa" (5,6%) em relação às pessoas que não são
atingidas pela doença (3,0%).
Esse tipo de aflição severa pode ser traduzido por ansiedade e amargura, entre outros
aspectos emocionais.
A médica Karen Hoffman,
da Universidade Harvard
(EUA), apresentou uma pesquisa na semana passada, em
Boston, durante a 50ª reunião
anual da Sociedade Americana de Radioterapia e Oncologia. Ela espera que o estudo
estimule os médicos a avaliarem também os pacientes
com câncer sob o aspecto do
estresse psicológico.
Nova área
Abordando uma nova área
especializada da psicologia,
foi lançado recentemente pela
Summus Editorial (Tel. 0/xx/
11/3865-9890) o livro "Temas
em Psicooncologia", coordenado e organizado pela Sociedade Brasileira de Psicooncologia através de alguns de seus
associados.
Em suas 645 páginas, distribuídas em 12 capítulos, a obra
aborda a psicooncologia pediátrica e a reinserção escolar
das crianças, os aspectos psicossociais e os aspectos psiquiátricos da doença em adultos, entre vários outros temas.
A professora Maria Margarida Carvalho, do Instituto de
Psicologia da USP (Universidade de São Paulo), destaca no
prefácio do livro que a leitura
de "Temas em Psicooncologia" corresponde a um curso
completo sobre esta especialidade, com detalhes sobre
questões psicológicas que
muitas vezes são ignorados
por médicos que tratam das
doenças -e não dos doentes.
Por outro lado, os autores
do livro Maria Teresa Veit e
Vicente Augusto de Carvalho
analisam como o câncer desencadeia comportamentos
peculiares nos pacientes.
Alguns desses comportamentos estão relacionados a
estigmas, como o da inevitabilidade da morte, e a explicações equivocadas sobre a sua
origem, como a de que o câncer seria uma enfermidade
contagiosa.
julio@uol.com.br
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