São Paulo, domingo, 28 de setembro de 2008

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Geneticista optou por colégio bilíngüe, com "maior visão de mundo"

Para Lygia da Veiga Pereira, escola deve despertar curiosidade

VERÔNICA COUTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A geneticista Lygia da Veiga Pereira, 41, professora da USP e responsável pelo primeiro camundongo transgênico do Brasil, queria para as filhas Gabriela, 5, e Maria, 3, uma escola que oferecesse uma percepção ampla do mundo e que provocasse a vontade de conhecê-lo.
Depois de muitas dúvidas, a opção foi por uma instituição britânica e bilíngüe. Para Lygia, o inglês é importante para abrir logo cedo o acervo do conhecimento mundial. "O valor principal de uma boa escola é fazer despertar a curiosidade das crianças e mostrar que o mundo é grande, que há diversidade de experiências, de gente e de culturas", diz. "Quero que elas saibam questionar."
No início, Lygia ficou insegura quanto aos possíveis impactos produzidos por uma educação em um idioma não-nativo -e diferente daquele usado no contexto cultural em que as meninas estão imersas. "Ainda me angustia o fato de que elas serão alfabetizadas em inglês." Mas ela acabou por concluir que as metodologias atuais, baseadas em fonética, funcionam.
"O mundo fica, de início, maior e mais transitável", justifica. "Quando eu viajar ao exterior, elas vão poder ir ao cinema, circular, conhecer coisas diferentes."
Na opinião de Lygia, a experiência da diversidade deve acontecer na própria escola, em um ambiente que reúna formas diversas de ser e pensar, independentemente do perfil socioeconômico dos alunos. "Uma desvantagem da escola é não ser muito grande. Queria que fosse grande o suficiente para ter várias tribos."
Na hora da escolha, a pesquisadora, que é neta do editor e livreiro José Olympio (1902-1990), recebeu indicações favoráveis de conhecidos que já tinham filhos na escola e acompanhou a experiência de sobrinhos que estudavam lá há mais tempo. Finalmente, pesou na decisão a localização, próxima de casa. A pesquisadora leva as crianças à escola a pé.


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