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Sem doador, paciente tem de fazer hemodiálise
FREE-LANCE PARA A FOLHA VALE
A cozinheira aposentada Maria
Lúcia da Silva Pereira, 47, está há
seis anos fazendo hemodiálise na
Santa Casa de São José dos Campos. Segundo ela, no início foi difícil e doloroso se adaptar ao tratamento, mas agora Pereira diz
que já "está acostumada".
"Tenho que ficar aqui por mais
de três horas e três vezes por semana. É quase como um emprego
que não posso faltar nem chegar
atrasada", afirmou.
Pereira disse que o medo das
pessoas em doar é o maior motivo
da espera por um órgão. "Eu tenho uma sobrinha que é compatível e não quer doar um rim para
mim. Ela tem medo de ter algum
tipo de complicação", disse.
A auxiliar administrativa Selma
Cristina de Freitas Rosa, 33, recebeu o rim de sua irmã no início do
ano. Houve rejeição ao órgão e
Rosa teve de ficar quatro meses
internada para se recuperar. Agora, ela se prepara para receber o
rim de outro irmão.
"Não vou desistir. Vou receber
o rim do meu irmão e, se não der
certo de novo, só então vou entrar
na fila. Mas antes disso vou lutar
muito. Tenho esperança que tudo
dê certo", disse.
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