São Paulo, segunda-feira, 28 de outubro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Sem doador, paciente tem de fazer hemodiálise

FREE-LANCE PARA A FOLHA VALE

A cozinheira aposentada Maria Lúcia da Silva Pereira, 47, está há seis anos fazendo hemodiálise na Santa Casa de São José dos Campos. Segundo ela, no início foi difícil e doloroso se adaptar ao tratamento, mas agora Pereira diz que já "está acostumada".
"Tenho que ficar aqui por mais de três horas e três vezes por semana. É quase como um emprego que não posso faltar nem chegar atrasada", afirmou.
Pereira disse que o medo das pessoas em doar é o maior motivo da espera por um órgão. "Eu tenho uma sobrinha que é compatível e não quer doar um rim para mim. Ela tem medo de ter algum tipo de complicação", disse.
A auxiliar administrativa Selma Cristina de Freitas Rosa, 33, recebeu o rim de sua irmã no início do ano. Houve rejeição ao órgão e Rosa teve de ficar quatro meses internada para se recuperar. Agora, ela se prepara para receber o rim de outro irmão.
"Não vou desistir. Vou receber o rim do meu irmão e, se não der certo de novo, só então vou entrar na fila. Mas antes disso vou lutar muito. Tenho esperança que tudo dê certo", disse.


Texto Anterior: Saúde: 17 mil esperam por transplante de rim em SP
Próximo Texto: A cidade é sua: Analista retira R$ 150 no caixa eletrônico, mas recebe apenas R$ 100
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.