DA REDAÇÃO

As raves -festas regadas a música eletrônica, geralmente realizadas em lugares abertos e que podem durar dias seguidos- estão proibidas em Santa Catarina desde março. O Estado é um dos principais centros desse tipo de evento no Brasil.
A medida seria uma maneira de tentar "acabar com situações" que favoreceriam a "prática de atitudes ilícitas", sobretudo a utilização de drogas.
Segundo a ordem emitida pela Secretaria Estadual da Segurança Pública, a Gerência de Fiscalização de Jogos e Diversão, órgão da Polícia Civil, está proibida de emitir alvarás de funcionamento para as raves em lugares abertos.
Casas noturnas poderão promover as festas normalmente. "O governo está empenhado em adotar medidas que restrinjam a violência e as atitudes ilícitas. Nesses ambientes há grande circulação de drogas sintéticas", declarou o secretário da Segurança Pública, João Henrique Blasi, em março.
Para Blasi, há também uma questão de segurança. "As raves acontecem em lugares distantes, onde é difícil operar atendimentos emergenciais. Podem colocar em risco a vida das pessoas."
Promotores de eventos protestaram, afirmando que a medida é "absurda" e equivocada.
"Não sou traficante. O que é preciso evitar é a circulação de drogas, não as raves. Eu gero emprego, atraio turistas e pago impostos", afirmou o empresário Terence Schauffert, 28.


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