|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Kassab prevê mais R$ 55 mi com novo IPTU
Projeto que muda a forma de cobrança do imposto está parado, mas pode começar a tramitar na próxima semana
IPTU pode aumentar de
4% a 6% acima da inflação em áreas centrais e bairros nobres e cair um pouco em regiões mais periféricas
EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A proposta de Orçamento da
Prefeitura de São Paulo para
2007 prevê uma receita maior
com o IPTU de R$ 55,216 milhões além da inflação.
O prefeito Gilberto Kassab
(PFL) enviou à Câmara um
projeto de lei que prevê mudanças na forma de cobrança
do imposto no ano que vem,
além de um programa de parcelamento de débitos. Essas mudanças resultarão no aumento
da receita.
Se o projeto for aprovado como está -há resistência da
maioria dos vereadores, inclusive da bancada governista-,
os imóveis da região central e
de áreas mais valorizadas como
Pinheiros pagarão de 4% a 6% a
mais de IPTU em 2007 já descontada a inflação.
Por outro lado, o valor do imposto para imóveis de regiões
mais periféricas como Capão
Redondo e Itaquera terão redução de até 2% sobre o valor cobrado neste ano.
Kassab e a Secretaria das Finanças negam aumento da carga tributária, embora a pasta
admita que parte do aumento
da receita possa vir da cobrança
diferenciada nas áreas da cidade (leia texto abaixo).
Considerando a correção pela inflação e o combate à inadimplência, o Orçamento do
ano que vem de São Paulo prevê um incremento de receita de
R$ 150 milhões, além dos R$
55,216 milhões
Ou seja, Kassab prevê arrecadar, em 2007, R$ 205 milhões a
mais de IPTU. É isso que está
na proposta de Orçamento encaminhada à Câmara.
O projeto que pede mudanças no IPTU prevê alterações
ainda na cobrança dos outros
impostos municipais.
Só com as mudanças no ISS
(Imposto Sobre Serviços) haverá uma receita extra de R$
80,863 milhões. No total, se o
projeto for aprovado, o caixa da
prefeitura terá uma injeção de
R$ 162,223 milhões em 2007.
Parado
O projeto foi enviado à Casa
em 29 de setembro, com a previsão orçamentária para 2007.
O Orçamento já está sendo avaliado pela Comissão de Finanças da Câmara, mas o projeto
do IPTU -que prevê ainda mudanças na cobrança de outros
impostos e o parcelamento de
dívidas fiscais- está parado na
Mesa da Câmara por determinação do presidente Roberto
Tripoli (sem partido).
Com o fim das eleições amanhã e o início das discussões
entre a prefeitura e a Câmara
sobre o tema, Tripoli pode autorizar a leitura e, com isso, dar
início à tramitação do projeto.
Como está hoje, mesmo que
haja um acordo entre os líderes
para a votação da matéria, o
projeto não vai a plenário porque oficialmente ele não está
tramitando na Câmara.
É consenso na Casa que o
projeto não será aprovado como está. Até mesmo a bancada
que apóia o prefeito na Câmara
é contra a aprovação da matéria
sem alterações.
Os reajustes do IPTU e de outros impostos municipais deverão ser retirados do projeto.
Kassab já autorizou a bancada
governista, formada por PSDB
e PFL, a modificar o que for necessário para garantir a aprovação da matéria em plenário.
Kassab não tem maioria dos votos no Legislativo.
Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Outro lado: Finanças nega aumento na carga tributária Índice
|