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Impacto na arrecadação beira 50% com multa mais branda
DA REPORTAGEM LOCAL
A mudança na classificação
das multas por excesso de velocidade já começa a trazer impacto significativo na arrecadação de prefeituras e Estados.
Uma simulação feita pela Folha a partir dos dados de agosto
deste ano indica uma tendência
de queda de 45% na arrecadação das multas do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) aplicadas por radares e de
48% das registradas por lombadas eletrônicas e outros aparelhos fixos da CET (Companhia
de Engenharia de Tráfego).
O prejuízo potencial atinge,
nessas situações, R$ 10,1 milhões e R$ 4,7 milhões, respectivamente, em um único mês.
Os dados são baseados num
cenário fictício, considerando
que nenhuma multa fosse anulada por recursos, que todas
fossem pagas pelos motoristas
até a data do licenciamento e
que a proporção das infrações
se mantivesse na média.
A lei prevê que 95% da receita com as multas sejam usados
em atividades ligadas à educação de trânsito, mas há desvios
de finalidade apontados por tribunais de contas do país inteiro, inclusive na capital paulista.
Os demais 5% devem ir ao
Funset, fundo nacional destinado ao trânsito. Boa parte dessa verba, no entanto, é congelada pelo governo federal desde
1998 para ajudar a atingir as
metas de superávit primário.
O temor da queda de arrecadação é citado por defensores
da lei que abrandou as multas
por excesso de velocidade como um dos focos de resistência
à mudança. Mas diversos especialistas ressaltam temer os impactos na segurança do trânsito. Os acidentes viários deixam
30 mil mortos a cada ano no
Brasil -e a velocidade é um dos
principais agravantes.
(AI)
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