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Paciente que participou de programa diz ter ficado "mais esperta" com o estágio
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando tinha 20 anos, Camila (nome fictício), 32, teve uma
crise na praia. Via tudo escuro,
se sentia isolada, teve dores de
cabeça, perdeu a noção do tempo e ficou apavorada. O diagnóstico foi esquizofrenia.
Anos depois teve uma oportunidade que mudou sua vida.
Foi uma das selecionadas para
participar do programa de estágio e garante que ficou "mais
esperta". "No trabalho conheci
outras pessoas, foi muito bom
para meu desenvolvimento. A
cabeça muda. Agora me sinto
mais integrada."
A dedicação foi a chave para
seu bom desempenho. "Eu
queria fazer meu trabalho certinho, me esforcei ao máximo",
diz ela, que conseguiu ser indicada para um emprego em um
site de compras, onde está há
quatro meses.
Do outro lado do programa
estão pessoas como Mariliza
Felippe Gomes, dona de uma
agência de publicidade, que recebeu outro paciente. "No começo fiquei um pouco receosa", conta. "Mas achei o programa maravilhoso. Se dá para integrá-los à sociedade, todo
mundo sai ganhando."
Segundo ela, o rapaz tinha
agilidade, presteza, era muito
afetivo e prestativo. Estudante
de pedagogia, ele estudava muito. "Ele se esforçava mais que o
natural." Suas diferenças, como
falar ao telefone com uma voz
um pouco estranha, ou repetir
as coisas que dizia, não abalaram a admiração de Mariliza,
que pretende chamá-lo de volta
em breve. Por enquanto, mandou um e-mail para diversos
clientes pedindo que se engajassem ao projeto.
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