São Paulo, sábado, 28 de outubro de 2006

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Paciente que participou de programa diz ter ficado "mais esperta" com o estágio

DA REPORTAGEM LOCAL

Quando tinha 20 anos, Camila (nome fictício), 32, teve uma crise na praia. Via tudo escuro, se sentia isolada, teve dores de cabeça, perdeu a noção do tempo e ficou apavorada. O diagnóstico foi esquizofrenia.
Anos depois teve uma oportunidade que mudou sua vida. Foi uma das selecionadas para participar do programa de estágio e garante que ficou "mais esperta". "No trabalho conheci outras pessoas, foi muito bom para meu desenvolvimento. A cabeça muda. Agora me sinto mais integrada."
A dedicação foi a chave para seu bom desempenho. "Eu queria fazer meu trabalho certinho, me esforcei ao máximo", diz ela, que conseguiu ser indicada para um emprego em um site de compras, onde está há quatro meses.
Do outro lado do programa estão pessoas como Mariliza Felippe Gomes, dona de uma agência de publicidade, que recebeu outro paciente. "No começo fiquei um pouco receosa", conta. "Mas achei o programa maravilhoso. Se dá para integrá-los à sociedade, todo mundo sai ganhando."
Segundo ela, o rapaz tinha agilidade, presteza, era muito afetivo e prestativo. Estudante de pedagogia, ele estudava muito. "Ele se esforçava mais que o natural." Suas diferenças, como falar ao telefone com uma voz um pouco estranha, ou repetir as coisas que dizia, não abalaram a admiração de Mariliza, que pretende chamá-lo de volta em breve. Por enquanto, mandou um e-mail para diversos clientes pedindo que se engajassem ao projeto.


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