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Táxi pode ter incentivo para baixar tarifa
Ideia em estudo pela gestão Kassab é reduzir preço de 20% a 30% nas noites de sexta e de sábado e nos horários de pico
A adesão seria voluntária
e garantiria ao taxista benefícios como privilégio em futuros sorteios de vagas em pontos fixos
DA REPORTAGEM LOCAL
A gestão Gilberto Kassab
(DEM) planeja dar incentivos
para os taxistas de São Paulo
que aceitarem baixar suas tarifas em alguns dias e horários. O
objetivo é diminuir de 20% a
30% os preços, por meio de um
programa de adesão voluntária.
O taxista que aderisse seria
identificado com adesivos e ganharia benefícios como: circular em corredores de ônibus
mesmo sem passageiro; usar
pontos móveis de parada em
áreas de concentração de usuários; privilégio no sorteio de vagas em pontos fixos.
A primeira mudança poderá
valer até dezembro, com a cobrança de bandeira 1 -e não 2,
30% mais cara-, nas noites de
sexta e de sábado.
Também está sob estudo a
diminuição do preço nos horários de pico da manhã (das 7h às
10h) e da tarde (das 17h às 20h).
O secretário dos Transportes, Alexandre de Moraes, afirmou que a decisão de implantar
as alterações ainda não está tomada, mas que há uma "boa
tendência" de sair do papel.
"Está havendo discussão e
com muita calma vamos avaliar
se poderemos ou não implantar
transformações", disse Kassab.
Moraes descartou a possibilidade de a redução da tarifa ser
obrigatória para os mais de 32
mil táxis de São Paulo. Mas disse que, em pesquisa com 400
taxistas, 32% disseram considerar a tarifa alta ou muito alta
e 45% afirmaram que uma diminuição do preço no dia atrairia mais passageiros.
O custo da corrida é a soma
da bandeirada (R$ 3,50) e das
tarifas temporal (R$ 28 por hora) e quilométrica (de R$ 2,10).
Esses valores (bandeira 1, entre
as 6h e as 20h) estão congelados desde dezembro de 2006.
Em outra pesquisa encomendada pela prefeitura, 58% da
população entrevistada disse
que usaria táxi mais vezes nas
noites de sexta e sábado se a tarifa fosse 30% mais barata.
A ideia enfrenta a oposição
do sindicato dos taxistas -até
então aliado de Kassab. "Haveria concorrência desleal, viraria
uma bagunça", disse Natalício
Bezerra, presidente da entidade, para quem, se aprovar as
mudanças, Kassab terá milhares de taxistas que "não vão falar muito bem dele por aí".
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