São Paulo, quinta-feira, 28 de outubro de 2010

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Especialistas defendem animais em zoológicos

Responsáveis por zoos e educadores dizem que há, sim, função pedagógica

Em entrevista à Folha, o microbiologista Pedro Ynterian defendeu o fim dos zoológicos; para ele, animais são estressados

FÁBIO GRELLET
DO RIO

Educadores e responsáveis por zoológicos discordam do empresário e microbiologista Pedro Ynterian, 71, que em entrevista à Folha, ontem, defendeu o fechamento dos zoos brasileiros.
Segundo ele, zoológicos causam estresse aos animais, que chegam a se mutilar, e não têm importância pedagógica. "A criança pode ver o leão no zoológico, mas o comportamento dele é falso. Acho mais válido assistir a um documentário", afirmou.
O zootecnista Luiz Pires, presidente da Sociedade de Zoológicos do Brasil e diretor do zoo de Bauru, diz que a posição dele é equivocada.
"Os animais não se comportam exatamente como na selva, mas isso não invalida a visita. Ninguém vai ver um leão atacar uma zebra, por exemplo, mas vai conhecer o tamanho, o ruído, o cheiro e a cor dos animais", afirma.
Para o diretor técnico-científico do zoo de SP, João Batista da Cruz, que preside a Sociedade Paulista de Zoológicos, zoológicos se dedicam à conservação das espécies.
O professor de biologia Rodrigo Damiano, 33, leva alunos de um colégio particular de São Carlos ao zoo duas vezes por mês. "O melhor lugar para dar aulas práticas é lá."


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