São Paulo, sexta-feira, 28 de outubro de 2011

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Kassab prevê fim de áreas de risco só em 2025

Em fevereiro, ele havia apontado solução em seis anos; custo total é de R$ 10,5 bilhões

DE SÃO PAULO

Contrariando sua própria previsão (feita em fevereiro), de que São Paulo não teria áreas de risco em seis anos, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) divulgou ontem um plano que fixa esse horizonte para 2025.
Há 106 mil famílias em moradias sob ameaça de deslizamentos ou solapamentos (afundamentos de terra), segundo um estudo entregue pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) neste ano.
Além da necessidade de projetos, outro problema é o custo para zerar essas áreas -R$ 10,5 bilhões, um terço da receita anual do município.
Kassab diz ter intervenções em andamento ou previstas (com projeto, em licitação ou contratação) para metade desses locais, com um custo estimado de R$ 5 bilhões.
Deste total, porém, planeja gastar apenas R$ 1,4 bilhão no seu mandato. Na semana passada, a Folha revelou que 62 das 112 obras estavam em licitação ou à espera da assinatura de contrato, apesar de o período de chuvas (outubro-março) já ter começado.
Além das ações em andamento, são necessários mais R$ 5,5 bilhões para eliminar a outra metade das áreas de risco. Essas obras não têm dinheiro e, a maioria, nem projeto. A prefeitura quer ajuda do Estado e da União. "A gente tem tentado dinheiro de todas as fontes possíveis", diz Miguel Bucalem, secretário de Desenvolvimento Urbano.


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