JAIRO MARQUES
DA AGÊNCIA FOLHA

Sete detentos de dois presídios catarinenses -Chapecó e Joinville- morreram durante rebeliões que aconteceram anteontem. Ainda como saldo dos motins, um policial foi baleado, dois presos estão internados e oito estão foragidos.
Em Joinville (norte de Santa Catarina), uma tentativa de fuga gerou a rebelião -a polícia não considerou o fato uma rebelião, e sim um ato isolado.
Três presos, armados com uma pistola, fizeram dois agentes carcerários como reféns e exigiram fugir do local. Os guardas reagiram dando tiros para o alto, o que teria provocado alvoroço entre os internos. No tiroteio, um PM ficou ferido.
Os detentos, de acordo com a PM, começaram a atear fogo em colchões, o que bloqueou a entrada de uma das alas. Quatro presos morreram asfixiados com a fumaça. Outros dois estão internados, um em estado muito grave. Dez mulheres e duas crianças estavam no local quando começou a rebelião (era hora da visita), que durou cerca de oito horas. O presídio de Joinville comporta 160 internos, mas estava com 366.
Em Chapecó, o motim se formou logo após o término da visita, por volta das 16h30. Os presos, que estavam com uma pistola, renderam os agentes, forçaram o portão de entrada do presídio agrícola, arrombaram o cadeado e fugiram. Os guardas reagiram e mataram dois fugitivos. Oito estão foragidos. Um terceiro interno foi assassinado pelos próprios colegas, segundo a polícia.
Após a fuga, os presos continuaram rebelados até as 21h. A penitenciária agrícola de Chapecó (oeste catarinense) tem capacidade para 338 internos, mas está agora com 388.
Duas reféns -mãe e filha- , que ficaram sob o poder de um fugitivo de Chapecó, foram libertadas após 51 horas. De acordo com a polícia, uma das vítimas, uma criança de 10 anos, foi estuprada por Sebastião Gregório, condenado a 10 anos e 11 meses por homicídio. A menina vai passar pelo exame que detecta a presença do vírus HIV.


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