São Paulo, terça-feira, 28 de novembro de 2000

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Dez parlamentares podem ser indiciados por CPI do Narcotráfico

VALÉRIA DE OLIVEIRA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pelo menos dez parlamentares, entre deputados estaduais e federais, devem estar entre os mais de 200 indiciados pela CPI do Narcotráfico, instalada na Câmara.
A lista inclui também desembargadores, juízes e prefeitos dos 17 Estados investigados em mais de um ano pela comissão.
Os nomes dos indiciados ainda não foram divulgados pelo relator da CPI, Moroni Torgan (PFL-CE).
Um dos deputados federais é José Aleksandro (PSL-AC), que ocupa a vaga do deputado cassado Hildebrando Pascoal.
Moroni disse que o plenário da comissão decidirá por quais crimes Aleksandro será indiciado até a próxima quinta-feira, quando o relatório final será votado.
Outro deputado que deve ser indiciado é Augusto Farias (PPB-AL). O relator não quis confirmar, entretanto, quais acusações podem pesar sobre o alagoano. Entre as possibilidades estão o tráfico de drogas e a sonegação fiscal.
Farias e Aleksandro foram ouvidos pela CPI e negaram envolvimento com o narcotráfico e o crime organizado.
Moroni disse que os indiciamentos serão passados para as Corregedorias da Câmara dos Deputados e Assembléias Legislativas, que podem abrir processos de cassação dos parlamentares.
Moroni lamentou que nem todos os dados resultantes de quebras de sigilos bancário, fiscal e telefônico de cerca de 400 pessoas tenham sido analisados.
Segundo o deputado, o número de indiciados poderia ser o dobro se todos os cruzamentos de dados tivessem sido feitos pelos 30 digitadores que trabalham para a comissão, mas faltou tempo. Os sigilos serão repassados ao Ministério Público.
Moroni disse que não conseguiu investigar todo o crime organizado e o narcotráfico no país.


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