|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Desempregado tem mobilidade restrita
DA REPORTAGEM LOCAL
A falta de mobilidade na população de baixa renda é pior entre
aqueles que estão sem ocupação.
Se, nos dias úteis, a média diária
na capital paulista é de somente
0,88 viagem por habitante, entre
os desempregados esse índice é
ainda mais reduzido: 0,47.
Num mercado de trabalho com
disputa acirrada, esse morador
deveria, em tese, fazer deslocamentos frequentes em busca de
um emprego, mas acaba tendo
sua oportunidade limitada pela
incapacidade de se locomover.
Na prática, contando ida e volta
(ou seja, duas viagens), é como se,
em geral, ele saísse de casa para fazer esses deslocamentos apenas
uma vez a cada quatro dias úteis
-exceto aqueles que são feitos a
pé em menos de 15 minutos.
A pesquisa do Itrans aponta que
dificuldades de mobilidade acentuam a situação de exclusão desses desempregados de famílias
com renda mensal de até R$ 720
(três salários mínimos). Na Grande São Paulo, 43,8% dos pesquisados relacionam problemas de locomoção a perda de oportunidades e dificuldades para trabalhar
ou procurar serviço.
Entre as dificuldades citadas pelas donas-de-casa e mulheres chefes de família, os preços das tarifas
aparecem em primeiro lugar
(52,2% das citações entre aquelas
que reconhecem ter problema
com transporte). Em seguida estão a demora dos veículos para
passar (36,3%) e a distância dos
pontos de parada (27,4%).
Texto Anterior: Tema aparece como prioridade para mulheres Próximo Texto: Bicicleta é opção para economizar Índice
|