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São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 2003

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Desempregado tem mobilidade restrita

DA REPORTAGEM LOCAL

A falta de mobilidade na população de baixa renda é pior entre aqueles que estão sem ocupação. Se, nos dias úteis, a média diária na capital paulista é de somente 0,88 viagem por habitante, entre os desempregados esse índice é ainda mais reduzido: 0,47.
Num mercado de trabalho com disputa acirrada, esse morador deveria, em tese, fazer deslocamentos frequentes em busca de um emprego, mas acaba tendo sua oportunidade limitada pela incapacidade de se locomover.
Na prática, contando ida e volta (ou seja, duas viagens), é como se, em geral, ele saísse de casa para fazer esses deslocamentos apenas uma vez a cada quatro dias úteis -exceto aqueles que são feitos a pé em menos de 15 minutos.
A pesquisa do Itrans aponta que dificuldades de mobilidade acentuam a situação de exclusão desses desempregados de famílias com renda mensal de até R$ 720 (três salários mínimos). Na Grande São Paulo, 43,8% dos pesquisados relacionam problemas de locomoção a perda de oportunidades e dificuldades para trabalhar ou procurar serviço.
Entre as dificuldades citadas pelas donas-de-casa e mulheres chefes de família, os preços das tarifas aparecem em primeiro lugar (52,2% das citações entre aquelas que reconhecem ter problema com transporte). Em seguida estão a demora dos veículos para passar (36,3%) e a distância dos pontos de parada (27,4%).


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