MAURÍCIO EIRÓS
DAS REGIONAIS, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

A Corregedoria da Polícia Civil decidiu reabrir as investigações sobre acusações envolvendo policiais de São José dos Campos que haviam sido arquivadas pelo ex-delegado seccional Roberto Monteiro de Andrade Júnior, que pediu afastamento no dia 21.
As denúncias foram reencaminhadas pela Ouvidoria da Polícia Civil para a corregedoria. A reabertura das investigações foi confirmada ontem.
A despeito das investigações sobre o vínculo de policiais do Vale do Paraíba em um esquema de proteção a estabelecimentos com máquinas caça-níqueis, a maior parte das seis denúncias recebidas pela ouvidoria desde o final de 1998 são contra o delegado-assistente da Seccional de São José, Antonio Agnaldo Fracaroli, que recebeu neste mês licença-prêmio de 90 dias de Andrade Júnior.
A Procuradoria Geral de Justiça encaminhou, no dia 18, 57 inquéritos à corregedoria com denúncias que envolvem 30 policiais. Os casos estão sendo analisados.
De acordo com o ouvidor da Polícia Civil, Itajiba Ferreira Cravo, na justificativa de arquivamento das acusações, que ainda não tiveram o teor revelado, Andrade Júnior considerava que, pelo fato de as denúncias serem todas anônimas, a investigação não deveria ter continuidade.
"Isso é, no mínimo, um procedimento estranho", afirmou Cravo. "Além disso, boa parte desse material apontava o nome do assistente Fracaroli, que ganhou recentemente uma licença-prêmio por 90 dias de Andrade Júnior."

Outro lado
O ex-delegado seccional Roberto Monteiro de Andrade Júnior foi procurado ontem pela Folha para comentar a reabertura das investigações de denúncias recebidas pela Ouvidoria da Polícia Civil, mas ele não respondeu aos recados deixados em seu celular.
Atualmente, Andrade Júnior ocupa um cargo no Departamento de Administração e Planejamento. Ele está trabalhando na capital desde o início da semana


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