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VESTIBULAR
De acordo com professores, os candidatos devem começar a prova pelos exercícios nos quais têm mais facilidade
155 mil fazem primeira fase da Fuvest hoje
DA REPORTAGEM LOCAL
Os 154.514 candidatos que fazem hoje a prova da Fuvest terão,
em média, três minutos para resolver cada uma das cem questões
da primeira fase. A duração máxima do exame é de cinco horas.
Para a resolução dos testes, professores ouvidos pela Folha concordam em um ponto: começar
pelo que julgar mais fácil.
Segundo Caio Calçada, coordenador do Objetivo, o aluno deve
procurar as questões da disciplina
com a qual possui mais afinidade.
Esse é o método que a candidata
a uma vaga em direito Natalia
Marcantonio, 18, vai seguir para
fazer o exame. Ela pretende começar pelos testes de português,
passar para outras questões relacionadas às humanidades e, só no
final, "avançar" sobre as questões
de exatas. "Vou deixar o que eu
acho mais difícil para o fim."
O diretor do Stockler Vestibulares, Agostinho Marques, concorda que o aluno deve começar pelo
mais fácil. Para ele, porém, o candidato precisa procurar as questões menos complicadas de todas
as disciplinas. Ele recomenda que
o candidato dê uma rápida lida na
prova inteira antes de começar a
resolvê-la. "Se o aluno se embananar, deve pular a questão."
Na mesma linha, segue o coordenador do Anglo Ernesto Birner.
Ele indica ao estudante que faça
uma leitura do primeiro parágrafo de cada questão. "Se ele sentir
confiança de que poderá resolver,
deve ir em frente", diz.
Experiente em Fuvest, Alysson
Ferreira Batista, 25, que vai concorrer a uma vaga em medicina
pela sexta vez, traçou uma estratégia diferente das propostas pelos
professores. Ele conta que começará pelas questões mais complicadas, que para ele são as de humanas. "As últimas questões são
as piores. A gente já está cansado
para resolvê-las. Se for deixar para
fazer as mais difíceis no fim, acho
que vou me complicar."
Para que o candidato não se
atrase e perca a avaliação, é recomendável que chegue ao local do
vestibular com uma hora de antecedência, ou seja, às 12h. Os portões serão abertos às 12h30.
"Decoreba"
Para o o coordenador do Objetivo, Caio Calçada, antes de começar a prova, o candidato deve fugir das conversas sobre o assunto.
"Evite decorar fórmulas antes de
entrar para fazer o exame. Ele pode até se lembrar de uma, mas as
chances de se esquecer das outras
são muito grandes."
Na véspera do processo seletivo
da Fuvest, as estudantes Simoni
Hidalgo Dantas, 19, e Paula Dib,
20, escolheram passar o dia com
uma multidão de alunos, em um
ginásio de esportes, em Ribeirão
Preto, para receber as últimas dicas. Diferentemente delas, Carolline Rangel, 19, optou por se isolar dos estudos e passar o sábado
em casa, descansando.
A concentração de alunos foi
organizada pelas Faculdades
COC, que esperava receber cerca
de 1.500 estudantes na chamada
aula-dica. Até o humorista Ary
Toledo foi contratado para distrair os vestibulandos.
A decisão de Carolline de não
abrir nenhum livro partiu da experiência de dois anos sem sucesso. "Esta é a terceira vez que eu
presto vestibular. Antes eu ficava
desesperada e acabava confundindo tudo o que eu já havia
aprendido." Carolline, que concorre a uma vaga de psicologia na
USP, contou que desde quinta-feira deixou de lado os estudos.
"Uma mente tranqüila é essencial
durante a prova", disse a vestibulanda, que, para ocupar o tempo
livre, ouviu músicas relaxantes e
assistiu a alguns filmes.
A estudante Simoni disse que
participaria da aula no ginásio
porque as últimas dicas são "fundamentais". "Às vezes, uma única
palavra-chave é suficiente para relembrarmos tudo o que aprendemos no ano inteiro", disse a vestibulanda. (ALEXANDRE NOBESCHI, FÁBIO TAKAHASHI E FERNANDA BASSETTE)
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