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Cravinhos e Maluf foram exceção
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos eram presos provisórios, como a ex-bóia-fria Iolanda Figueiral, mas exceções foram abertas para que eles deixassem a cadeia.
Maluf e o filho Flávio ficaram 40
dias presos, acusados de intimidar um doleiro a não prestar depoimento contra eles. Ao considerar a prisão ilegal, o STF (Supremo Tribunal Federal) abriu
exceção a uma regra do próprio
tribunal que impede decisões sobre processos sem o julgamento
de méritos de habeas corpus em
instâncias inferiores -o mérito
de um habeas em favor de Maluf
ainda tinha de ser analisado no
TRF (Tribunal Regional Federal)
de São Paulo.
O ministro do STF Carlos Velloso, que votou a favor da liberdade
no julgamento, chegou a afirmar:
"Realmente imagino o sofrimento de um pai preso na mesma cela
que o filho. Isso me sensibiliza".
No último dia 9, os irmãos Cravinhos deixaram a cadeia três
anos após confessarem o assassinato, com golpes de barra de ferro, do casal Marísia e Manfred
von Richthofen.
Os dois são acusados de homicídio qualificado (motivo torpe,
meio cruel e impossibilidade de
defesa da vítima), considerado
crime hediondo. Pelo texto da lei
8.072, a liberdade provisória está
vetada para esse crime.
Para o STF (Superior Tribunal
de Justiça), não havia razões para
mantê-los presos. Quatro meses
antes, o STJ também soltara Suzane Richthofen, filha do casal e ex-namorada de Daniel, que também participou do crime.
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