COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar das recomendações para que os vestibulandos visitem os locais de exame no dia anterior e saiam de casa com antecedência, alguns candidatos chegaram atrasados e perderam a prova.
Congestionamentos pela cidade de São Paulo foram apontados como os responsáveis em muitos casos, principalmente nos arredores da avenida Politécnica, onde aconteceu a Copa Sundown de Ciclismo, e do Campo de Bagatelle, onde torcedores do Corinthians se reuniram.
Pedro Ribeiro Júnior, 17, que faria vestibular para arquitetura, foi um deles. Ele chegou ao prédio da UniSant'Anna, na zona norte, poucos minutos depois do fechamento dos portões. "Perdi a prova por causa do transporte caótico de São Paulo. Vim da Barra Funda (zona oeste) e esperei o ônibus 40 minutos", disse. Ele saiu de casa ao meio-dia, uma hora antes do início da prova. Hugo Tavares, 17, também se atrasou e não pôde entrar.
Já uma mulher de 36 anos, que não quis se identificar, chorou ao ver o portão fechado. "Vim correndo durante 15 minutos do terminal Santana até aqui para não perder a prova", contou ela, que está grávida de três meses. Ela disse ter saído do bairro do Tremembé (zona norte) às 10h45 e afirmou que a falta de ônibus e o trânsito congestionado impediram sua chegada no horário.

Escola pública
Alguns alunos de escola pública disseram ter sentido dificuldade na prova. Tentando uma vaga em turismo, Andrezza Rivera Ribeiro, 18, reclamou que caiu na prova muita coisa que ela não viu em sala de aula. Ela disse que a falta de professores e o desinteresse de parte dos colegas foram os motivos para a deficiência de conteúdo na escola pública onde estuda.
"O conteúdo da prova não era difícil, mas acaba se tornando pelo nosso preparo, que não é bom", disse Renata da Cunha, 18, que tenta vaga em gestão ambiental.


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