São Paulo, terça-feira, 28 de novembro de 2006

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VÔO 1907

Aeronáutica volta a negar "ponto cego" no espaço aéreo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Aeronáutica voltou ontem a negar a existência de um "buraco negro" na cobertura de radar do espaço aéreo brasileiro, mas reconheceu que, abaixo de 20 mil pés de altitude (cerca de 6.100 metros), a cobertura não é completa no país devido ao espaçamento e à área abrangida por cada equipamento -em forma de cone invertido.
Além disso, afirmou que o país "poderia ter seu tráfego aéreo controlado por meio apenas de comunicações via rádio, sem prejuízo à segurança de vôo". Isso porque os radares são utilizados para reduzir o espaçamento entre vôos e para a defesa aérea.
"Abaixo de 20 mil pés, podem existir áreas de detecção limitada, onde, porém, o fluxo de tráfego aéreo é menos significativo e onde há cobertura de rádio VHF", disse a Aeronáutica. Porém, a nota oficial reafirma que não existe buraco negro na faixa usada pela aviação comercial, acima de 30 mil pés.
A polêmica existe porque controladores de tráfego aéreo sustentam que existe uma região entre Brasília e Manaus -local da queda do vôo 1907 da Gol- onde a cobertura de radar e rádio são falhas. Na colisão do Legacy com o Boeing da Gol, a altitude era de 37 mil pés (11,2 km).
"Podem existir, dependendo do nível de vôo, alguns espaços menores sem cobertura de radar, onde o controle é (...) convencional, por meio da comunicação de rádio entre controladores e pilotos e com o acompanhamento das aeronaves por meio de fichas de progressão de vôos."


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