Eles estão espalhados em 170 municípios, segundo levantamento divulgado ontem

LUCIANA CONSTANTINO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Cerca de 36,5 milhões de moradores de 170 municípios brasileiros residem em áreas de alerta ou com risco de surto de dengue devido aos altos índices de infestação predial pelo mosquito Aedes aegypti, o transmissor do vírus que causa a doença.
O contingente representa 53% da população dessas cidades, escolhidas como prioritárias em todas as regiões do país. É o que mostra o último Liraa (Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti), divulgado ontem em Brasília.
No geral, houve melhora em relação ao ano passado do índice de infestação, que mede a quantidade de larvas do mosquito encontradas a cada cem casas pesquisadas.
Ficaram no patamar satisfatório cerca de 36,6% das áreas pesquisadas enquanto em 2005 foram 34%.
Já na faixa de risco de surto (mais de 3,9 casas com larvas a cada cem analisadas) a taxa caiu de 21,7% no ano passado para 16,8% agora.

São Paulo
No Estado de São Paulo, nove das 16 cidades avaliadas apresentaram aumento na taxa de infestação, porém nenhuma está na faixa de risco de surto. As que apresentaram índices mais altos foram Ribeirão Preto, São Sebastião e Barretos.
A situação mais preocupante está em Itabuna (BA), onde a cada cem casas pesquisadas, 17 apresentaram larvas.
"Provavelmente nestes municípios [onde o levantamento registra aumento da taxa] o trabalho de prevenção não foi feito de forma adequada, já que no geral tivemos uma queda", avaliou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
Segundo ele, o Liraa ajudará prefeitos e secretários das cidades pesquisadas a adotarem medidas de combate ao mosquito porque têm os dados disponíveis por bairro.
"Se não houver mosquito, não há como transmitir a doença. Por isso a importância de mobilizar a sociedade", completou Barbosa.


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