São Paulo, sábado, 28 de novembro de 2009

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entrevista

MEC precisa fazer algo, diz pesquisador

DA REPORTAGEM LOCAL

Ex-diretor do Instituto de Física da USP de São Carlos, Oscar Hipólito defende que o governo tenha mais controle sobre a abertura de vagas em escolas reprovadas. "Se o próprio MEC indica que essas instituições não têm qualidade, ele precisa fazer alguma coisa", afirma Hipólito, atualmente pesquisador do Instituto Lobo (consultoria de ensino superior). (FT)

 

FOLHA - Como o sr. avalia o crescimento de matrículas em instituições reprovadas?
OSCAR HIPÓLITO -
A divulgação das avaliações do MEC parece ainda não ter surtido efeito. Os estudantes continuam procurando essas instituições, e os que estão lá não pediram transferência. Isso vai mudar com o tempo, todos vão priorizar a qualidade.

FOLHA - Qual o papel do poder público nesse ponto?
HIPÓLITO -
Se o próprio MEC indica que essas instituições não têm qualidade, precisa fazer algo. As medidas anunciadas até agora, de corte de vagas em alguns cursos, parecem inócuas, uma vez que boa parte das vagas já não estavam preenchidas. Os dados mostram que escolas reprovadas continuam crescendo.

FOLHA - Como o sr. avalia as universidades federais?
HIPÓLITO -
O número de vagas ociosas aumentou muito. Isso quer dizer que ou o governo abriu vaga onde não precisava ou abriu em cursos sem demanda. Mostra um erro de planejamento, desperdício de recursos públicos. Outro problema foi a queda no número de concluintes. Ou estão reprovando mais ou estão evadindo. Considerando que grande parte dos jovens está fora do ensino superior, as falhas ficam acentuadas.


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