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WARWICK VILLELA DE OLIVEIRA MARCONDES (1930-2009)
O economista levava jeito para diplomata
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Diplomata era o que Warwick Villela de Oliveira Marcondes deveria ter sido na vida, na opinião do filho que
tem o mesmo nome do pai.
Porque ele se formou em
economia na PUC, fez carreira pública a partir dos anos
50, quando passou num concurso para fiscal de renda,
chefiou o gabinete de três ou
quatro secretários da Fazenda de SP, mas o que mais sabia era apaziguar desavenças
e desfazer problemas de gente conhecida ou nem tanto.
Certa vez, na fila do banco,
viu um sujeito aflito precisando carimbar um papel.
Aquilo era uma tarefa para
Warwick, que botou o indivíduo no carro e fez ligações
para tudo quanto é amigo até
conseguir o bendito carimbo.
Em outro episódio, na fila
do consulado da Suíça, interveio a favor de um homem
que precisava urgentemente
de visto para viajar no dia seguinte. Warwick era um sucesso em suas ações.
Nascido em São José do
Rio Preto (SP), foi criado no
Vale do Paraíba. O pai foi
prefeito de Lorena (SP) e escolheu o nome do filho após
ler sobre a história inglesa. O
nome abrasileirou-se e era
pronunciado como Varvick.
Devoto de Nossa Senhora,
levava o terço no bolso, a santinha na carteira, e, quando
teve o primeiro carro zero,
um Opala, levou-o até Aparecida do Norte para benzê-lo.
Morreu na segunda, aos
79, após parada cardiorrespiratória. Teve três filhos e sete
netos. A missa de sétimo dia
será amanhã, às 17h, na igreja
N. Sra. do Perpétuo Socorro.
coluna.obituario@uol.com.br
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