São Paulo, quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

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ANTÔNIO ADAMASTOR CORRÊA (1918-2009)

Um empurrão para os dentistas portugueses

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Portugal não tinha dentistas quando Antônio Adamastor Corrêa, ex-diretor da Faculdade de Odontologia da USP por 15 anos, foi convidado a ir ao país, nos anos 80, ajudar na criação das primeiras faculdades da área.
"Meu pai ficou uns seis meses lá. Quem cuidava dos dentes no país eram os "médicos de boca". A odontologia era ligada à medicina", lembra o filho único, também Antônio e também dentista.
Não era a primeira vez que ele participava da inauguração de uma instituição. Em 1962, realizou a aula inaugural da faculdade de odontologia que a USP abriu em Bauru, no interior do Estado. A direção da faculdade, na capital, foi exercida entre 1960 e 1972 e entre 1977 e 1980. Por um breve período, diz o filho, chegou a ser reitor em exercício da universidade durante o regime militar.
"O Exército tentou invadir uma unidade da USP. Como ele tinha alguns contatos com militares, conseguiu impedir a invasão. Pouco tempo depois, sofreu um ataque cardíaco", lembra o filho.
Professor emérito, foi o criador do curso noturno na faculdade. Para o ex-assistente Mitio Miura, Antônio era "democrático". "Ele jogava bola com os alunos."
Após voltar de Fortaleza (CE), onde o filho mora, pegou uma pneumonia. Morreu na sexta, aos 90. Deixa viúva, filho e três netos. A missa de sétimo dia será hoje, às 19h30, na igreja São Luís Gonzaga, na Paulista.

obituario@grupofolha.com.br


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