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ANTÔNIO ADAMASTOR CORRÊA (1918-2009)
Um empurrão para os dentistas portugueses
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Portugal não tinha dentistas quando Antônio Adamastor Corrêa, ex-diretor da Faculdade de Odontologia da
USP por 15 anos, foi convidado a ir ao país, nos anos 80,
ajudar na criação das primeiras faculdades da área.
"Meu pai ficou uns seis
meses lá. Quem cuidava dos
dentes no país eram os "médicos de boca". A odontologia
era ligada à medicina", lembra o filho único, também
Antônio e também dentista.
Não era a primeira vez que
ele participava da inauguração de uma instituição. Em
1962, realizou a aula inaugural da faculdade de odontologia que a USP abriu em Bauru, no interior do Estado.
A direção da faculdade, na
capital, foi exercida entre
1960 e 1972 e entre 1977 e
1980. Por um breve período,
diz o filho, chegou a ser reitor
em exercício da universidade
durante o regime militar.
"O Exército tentou invadir
uma unidade da USP. Como
ele tinha alguns contatos
com militares, conseguiu impedir a invasão. Pouco tempo depois, sofreu um ataque
cardíaco", lembra o filho.
Professor emérito, foi o
criador do curso noturno na
faculdade. Para o ex-assistente Mitio Miura, Antônio
era "democrático". "Ele jogava bola com os alunos."
Após voltar de Fortaleza
(CE), onde o filho mora, pegou uma pneumonia. Morreu na sexta, aos 90. Deixa
viúva, filho e três netos. A
missa de sétimo dia será hoje, às 19h30, na igreja São
Luís Gonzaga, na Paulista.
obituario@grupofolha.com.br
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