São Paulo, quinta-feira, 29 de março de 2001

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PROTESTO

Manifestação coordenada por tucano reuniu 4 mil pessoas, segundo a PM

Ato pede aprovação de loteamentos

Ernesto Rodrigues/Folha Imagem
Protesto realizado em frente à sede da Prefeitura de São Paulo


DA REPORTAGEM LOCAL

Protesto liderado pela Associação dos Trabalhadores Sem Terra de São Paulo levou ontem 6.000 pessoas, segundo os organizadores, ao Palácio das Indústrias, sede da Prefeitura de São Paulo, para cobrar agilização na aprovação de loteamentos populares, entre outras reivindicações.
Na avaliação da PM (Polícia Militar), o protesto reuniu 4.000 moradores. Eles foram transportados até a prefeitura em cerca de 110 ônibus, de acordo com os organizadores e a polícia.
Os veículos, que ficaram estacionados na região do Parque D. Pedro, prejudicaram o trânsito. O acesso à prefeitura, pelo viaduto Diário Popular e pela av. Mercúrio, foi fechado, desde às 11h. O ato só acabou no final da tarde.
O movimento de moradores já foi coordenado pelo atual vereador Marcos Zerbini (PSDB), do bloco de oposição à prefeita Marta Suplicy (PT) na Câmara. A associação é presidida pela mulher do vereador, Cleusa Ramos.
Ontem à tarde, Zerbini e o deputado estadual Celino Cardoso (PSDB) foram os porta-vozes dos moradores durante encontro com o secretário da Habitação, Paulo Teixeira.
Eles não tinham procurado a administração antes do protesto, segundo afirmaram a prefeita e o secretário. "A reivindicação (dos moradores) é correta. O modo de fazê-lo é político", disse a prefeita.
Zerbini e Cardoso negaram ontem que o ato tenha sido político. Disseram que representantes do movimento de moradores telefonaram para a administração para tentar marcar uma audiência com Marta, mas não lembravam quais integrantes foram procurados.
Com o ato, ficaram acertadas três reuniões com técnicos da Secretaria da Habitação, com o secretário e com a prefeita.
De acordo com Zerbini, o movimento, surgido em 89, representa 9.500 famílias de 21 loteamentos na região noroeste da cidade. Todos os loteamentos surgiram a partir de áreas compradas e pagas pelos próprios moradores.
Das áreas, cinco aguardam aprovação da prefeitura em um processo que chega a demorar até quatro anos, segundo Zerbini.




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