DA SUCURSAL DO RIO

O jazigo perpétuo do escritor Machado de Assis, no cemitério São João Batista (zona sul do Rio), à venda desde sábado, já tem um misterioso comprador.
Segundo o corretor Antônio Barbosa, responsável pela intermediação, a identidade do interessado só deve ser revelada após o fechamento do negócio, previsto para amanhã. "Não sei se ele é famoso, mas é rico com certeza."
A sepultura está vazia desde que os restos mortais de Machado de Assis e de sua mulher, Carolina, foram transferidos para o mausoléu da ABL (Academia Brasileira de Letras), em abril de 1999.
Localizado próximo ao cruzeiro, ala nobre do cemitério, o jazigo em mármore carrara estava à venda por R$ 120 mil -valor de um apartamento de dois quartos na Tijuca, zona norte do Rio.
A herdeira universal de Machado de Assis, Ruth Leitão de Carvalho Lima, 85, sobrinha-bisneta de Carolina, disse que a família decidiu vender o jazigo porque estava pagando a manutenção sem utilizá-lo. "Nós já temos outras cinco sepulturas no Caju. Estávamos pagando por uma sem uso."
Ruth afirmou ainda que o valor pago pelo jazigo perpétuo será dividido entre 11 herdeiros.


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