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Escola solicitou correções há 2 anos
DA REPORTAGEM LOCAL
Com 70% dos seus 450 alunos
muçulmanos, a Escola Islâmica
Brasileira, na Vila Carrão (zona
leste de São Paulo), pediu que fossem feitas correções nas apostilas
de história adotadas pelo colégio.
O material é produzido por uma
outra entidade de ensino, cujo nome a escola não quis divulgar. As
mudanças, solicitadas há dois
anos, ainda não foram feitas.
Enquanto isso, os professores
orientam os alunos sobre as informações incorretas. A apostila fala
que "os seguidores do islamismo
devem combater os infiéis pela jihad ou guerra santa". A religião
não prega a guerra.
O material também fala que um
dos pilares do islamismo é dar esmola, quando o correto é dizer
que eles incentivam a caridade.
Para o professor Suhail Majzoub, que ensina cultura geral, o
erro, muitas vezes, é intencional e,
em outros casos, acontece por
desconhecimento.
"Se você fala em guerra santa,
sem dúvida alguma, gera uma
imagem negativa em quem está
lendo. Isso é ruim, os povos precisam viver em paz", diz.
De acordo com Zaid Ahmad
Saifi, diretor administrativo do
Centro de Divulgação do Islã para
a América Latina, o maior problema é passar a imagem de um povo violento.
"A visão que as pessoas possuem é que o muçulmano é um
terrorista, que mata em nome da
religião. Nós pregamos a justiça",
diz Ahmad Saifi, que já chegou a
visitar editoras para pedir correções em livros.
Bárbaros
"Muitos livros mostram os muçulmanos como bárbaros. É complicado ser minoria no Brasil."
Saifi afirma que crianças muçulmanas estudantes de colégios tradicionais sofrem preconceito devido à divulgação de informações
distorcidas.
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