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Diretora diz que filme sobre feto é forte "de propósito"
MALU TOLEDO
DA SUCURSAL DO RIO
Ao som de uma música
do Pink Floyd ("Is Anybody Out There?"; há alguém lá fora?), cenas de fetos em baldes e mutilados,
muito sangue, óvulos e
médicos fazendo aborto. É
assim o único filme de produção brasileira dos quatro exibidos pela Igreja
Católica em palestras contra o aborto, alvo da Campanha da Fraternidade.
As imagens são muito
fortes. O filme "Espécie",
de 17 minutos, foi dirigido
pela goiana Débora Torres, 44, que reconhece que
ele é propositadamente
apelativo. "Algumas pessoas acharam o filme apelativo, mas a apelação é
proposital", disse. "As pessoas não imaginam que é
um ser com bracinho, perninha, sendo destroçado e
sofrendo." Ela pretende
transformar o filme em
longa-metragem.
Torres é produtora executiva do FestCine Goiânia (Festival de Cinema
Brasileiro de Goiânia) e
conselheira municipal de
Cultura de Goiânia.
Ela recebeu as imagens
de abortos e fetos da associação Pró-Vida e Pró-Família, de Brasília. Segundo
Humberto Vieira, presidente da associação, elas
foram feitas em clínicas de
abortos dos Estados Unidos. O filme de Débora
Torres usa ainda imagens
do Discovery Channel e
BBC, entre outros.
"Sempre fui contra o
aborto. Sou mãe solteira
de dois filhos de pais diferentes. Noventa por cento
da população não é planejada", disse.
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