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Foco
Em Itaquá, escola que teve fios elétricos furtados está com salas sem luz há 15 dias
MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL
Foi preciso que a reportagem usasse lanternas para
entrar, ontem, no início da
noite, nas salas de aula da escola estadual Vereador Valter
da Silva Costa, em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo.
Seis das 21 classes estão sem
luz há 15 dias, prejudicando
cerca de 180 alunos (da 1ª série do ensino fundamental à
3ª do ensino médio), por conta do furto de fios elétricos.
Como os criminosos sobem
no telhado para levar os fios, a
cobertura das classes, que
não têm laje, também foi danificada: forros e telhas estão
quebrados nas partes mais
próximas à fiação, que fica do
lado de fora. Sem proteção
contra chuvas, as classes passaram a sofrer também com
infiltrações de água.
Segundo a dirigente regional de ensino de Itaquaquecetuba, Regina Freitas, um reparo será concluído entre 15 e
20 dias para troca de telhas e
forros e colocação de nova fiação. Até lá, a situação deve
permanecer a mesma.
Ainda de acordo com a dirigente, uma reforma mais ampla, que já foi aprovada, mas
aguarda licitação, deve começar entre abril e maio.
Para essa etapa, estão previstas uma reforma completa
do telhado, que passará a ter
laje, a reposição da fiação das
salas danificadas, a troca de
um reservatório de água e a
colocação de arquibancadas
na quadra esportiva, que também ganhará piso novo.
Segundo a diretora interina
da escola, Vanilza Souza Marques, a falta de luz não impediu que as classes continuassem a ser usadas. Só abrigam
turmas da manhã e da tarde.
"Eles conseguem assistir à
aula, mas não com a qualidade que a gente espera."
De acordo com a diretora,
algumas vezes esses alunos
são acomodados em locais de
improviso, como na biblioteca ou na sala de vídeo, o que
faz com que a turma se disperse. "O professor tenta estimular, mas é preciso que as
condições sejam adequadas."
Segundo ela, os alunos da
noite não são prejudicados, já
que, por serem em menor número, podem ser acomodados em outras classes.
Já a escola estadual Professor Cícero Antônio de Sá Ramalho, também em Itaquaquecetuba, apresentou falta
d'água. No entanto, segundo a
dirigente Regina, o problema
foi de responsabilidade da Sabesp, causado por um entupimento de canos, durou apenas um dia -quinta da semana passada- e já foi resolvido.
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