São Paulo, sábado, 29 de março de 2008

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Foco

Em Itaquá, escola que teve fios elétricos furtados está com salas sem luz há 15 dias

MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL

Foi preciso que a reportagem usasse lanternas para entrar, ontem, no início da noite, nas salas de aula da escola estadual Vereador Valter da Silva Costa, em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. Seis das 21 classes estão sem luz há 15 dias, prejudicando cerca de 180 alunos (da 1ª série do ensino fundamental à 3ª do ensino médio), por conta do furto de fios elétricos.
Como os criminosos sobem no telhado para levar os fios, a cobertura das classes, que não têm laje, também foi danificada: forros e telhas estão quebrados nas partes mais próximas à fiação, que fica do lado de fora. Sem proteção contra chuvas, as classes passaram a sofrer também com infiltrações de água.
Segundo a dirigente regional de ensino de Itaquaquecetuba, Regina Freitas, um reparo será concluído entre 15 e 20 dias para troca de telhas e forros e colocação de nova fiação. Até lá, a situação deve permanecer a mesma.
Ainda de acordo com a dirigente, uma reforma mais ampla, que já foi aprovada, mas aguarda licitação, deve começar entre abril e maio.
Para essa etapa, estão previstas uma reforma completa do telhado, que passará a ter laje, a reposição da fiação das salas danificadas, a troca de um reservatório de água e a colocação de arquibancadas na quadra esportiva, que também ganhará piso novo.
Segundo a diretora interina da escola, Vanilza Souza Marques, a falta de luz não impediu que as classes continuassem a ser usadas. Só abrigam turmas da manhã e da tarde. "Eles conseguem assistir à aula, mas não com a qualidade que a gente espera."
De acordo com a diretora, algumas vezes esses alunos são acomodados em locais de improviso, como na biblioteca ou na sala de vídeo, o que faz com que a turma se disperse. "O professor tenta estimular, mas é preciso que as condições sejam adequadas."
Segundo ela, os alunos da noite não são prejudicados, já que, por serem em menor número, podem ser acomodados em outras classes.
Já a escola estadual Professor Cícero Antônio de Sá Ramalho, também em Itaquaquecetuba, apresentou falta d'água. No entanto, segundo a dirigente Regina, o problema foi de responsabilidade da Sabesp, causado por um entupimento de canos, durou apenas um dia -quinta da semana passada- e já foi resolvido.


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