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LEGISLATIVO
O tucano Dalton Silvano e o líder do PT, João Antonio, trocaram empurrões; previdência não foi votada
Vereadores votam em dia tumultuado
SIMONE HARNIK
DA REPORTAGEM LOCAL
A Câmara Municipal de São
Paulo, depois de uma sessão tumultuada, aprovou pela primeira
vez um projeto do prefeito José
Serra (PSDB). Mas, antes de levar
as propostas à votação, a Casa
presenciou tapas e empurrões entre o líder do PT, João Antonio, e o
tucano Dalton Silvano.
O governo teve dois projetos
aprovados. Mas o seu principal
objetivo, que era votar a mudança
nas regras da previdência dos servidores municipais, continuou
sem ir para o plenário. Outros 51
projetos, de autoria dos vereadores, também foram aprovados.
O PT, sem maioria para ganhar
a votação e derrubar a reforma da
previdência municipal, tentou ganhar tempo com obstruções durante todo o dia. Em uma dessas
tentativas, João Antonio irritou-se com o presidente da sessão, Agnaldo Timóteo (PP), e decidiu
avançar para a mesa. O motivo
era um requerimento de sua autoria, que ele insistia que fosse lido.
No meio do caminho encontrou
o tucano Dalton Silvano. Sobraram empurrões para os dois lados, além de um rasgo no paletó
do tucano, que foi afastado por
Adilson Amadeu (PTB).
"O PT sempre atropelou o regimento e eu nunca fui para cima
do presidente como eles foram",
acusou Silvano. "O motivo da
confusão é o desrespeito ao regimento interno. Essa é mais uma
forma autoritária de os tucanos
governarem a cidade de São Paulo. Serra está governando por decreto", rebateu João Antonio.
A confusão terminou com tapinhas amistosos no ombro. João
Antonio pediu desculpas ao presidente da sessão: "Depois de
muitas horas de trabalho, os ânimos se alteram", disse.
Logo depois, a vereadora do PT
Claudete Alves trocou farpas com
Silvano novamente, mas eles foram afastados a tempo.
O corregedor da Câmara, Wadih Mutran (PP), afirmou que só
poderá tomar uma atitude se receber denúncia formal. "Eu não
posso dizer que houve um teatro.
Cada um está expressando o que
vem de dentro do ego."
Uma das propostas do Executivo aprovadas, após 87 dias sem
votação de projetos, trata da contratação de agentes para combate
à dengue. A outra regulamenta o
uso de terrenos por entidades culturais, esportivas, jurídicas.
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