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"Sempre falta esse ou aquele comprimido"
EDITORA DA FOLHA RIBEIRÃO
"Todos os dias sou obrigado
a pegar um ônibus e ir até o HC
[Hospital das Clínicas] ver se
chegou ou pegar algum remédio que está faltando para o
meu coquetel." A afirmação é
do desempregado Osvair Divino Queiroz, 47, de Ribeirão
Preto, soropositivo que toma o
coquetel anti-retroviral há dez
anos.
Segundo Queiroz, a distribuição de remédios era regular até
fevereiro. "Eu buscava medicamentos uma vez por mês. Agora sempre falta esse ou aquele
comprimido. O problema é
que preciso tomar três tipos."
Segundo ele, a quantidade de
remédios que está chegando
diariamente à farmácia do HC
é muito pequena. "Quando
chega determinado comprimido pela manhã, à tarde já acabou." A assessoria do HC informou que ontem chegaram três
drogas do coquetel.
Cerca de mil pessoas fazem
tratamento contínuo contra a
Aids no HC. A falta dos remédios é creditada a atrasos na entrega pelo Ministério da Saúde
ou ao envio de forma fracionada.
(ELIANE SILVA)
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