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VIOLÊNCIA
Guerra interna no PCC mata 7 em dois dias
DO "AGORA"
Uma nova guerra interna entre
os membros do PCC (Primeiro
Comando da Capital), facção criminosa que age nos presídios do
Estado, deixou sete mortos nos
últimos dois dias.
A onda de assassinatos teve início na tarde de anteontem na Penitenciária 2 de Mirandópolis
(607 km de São Paulo), onde Sandro Henrique da Silva Santos, conhecido como Gulu, membro da
cúpula do PCC e um dos criminosos mais temidos da Baixada Santista, foi estrangulado com fios
para fazer bolas. José Teixeira da
Conceição, conhecido como Nego Bagu, foi morto ao mesmo
tempo e na mesma prisão.
Simultaneamente, na Penitenciária de Casa Branca (240 km de
SP), foi morto Carlos Alexandre
dos Santos, o Macalé. Na prisão
de Iaras (282 km de SP), a vítima
foi Sérgio Luiz Fidélis. Nego Bagu,
Macalé e Fidélis foram cúmplices
de Gulu em vários crimes.
Pouco após o assassinato de
Gulu, três homens em um Corsa
mataram a tiros, na Vila São Jorge, em São Vicente (74 km de SP),
Marco Aurélio da Silva Santos, 30
anos, o Cabeça, irmão de Gulu. O
crime aconteceu na porta da casa
da família de ambos.
O banho de sangue continuou
ontem com as mortes a golpes de
estilete de Marcelo Amorim Cardoso, 33, e Alex Costa Matiussi,
25, presos na Penitenciária de
Araraquara (273 km de SP). Eles
teriam denunciado a existência de
armas na marcenaria do presídio.
Uma busca na última segunda-feira achou quatro armas, drogas
e nove celulares. Os presos Alexandre Rodrigo de Oliveira, 29, e
Rogério Gonçalves de Oliveira,
30, assumiram a autoria do crime.
As armas seriam usadas em um
plano de fuga que seria liderado
por Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, o número 1 do
PCC, e Júlio Cesar de Moraes, o
Julinho Carambola, também da
cúpula da facção. Os dois, que estavam em Araraquara desde o
ano passado, foram levados de
volta para o CRP (Centro de Readaptação Penitenciária) de Presidente Bernardes (589 km de SP),
tida como a prisão mais rígida do
país, na própria segunda. Mais oito detentos foram transferidos.
(ANDRÉ CARAMANTE)
Colaborou KATIUCIA MAGALHÃES, da Folha Ribeirão
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