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outro lado
Construtora afirma que projeto é legal
DA REPORTAGEM LOCAL
A construtora Brascan
informou não ter tomado
conhecimento oficialmente da decisão que suspendeu as obras. Seus representantes se disseram
"surpresos", pois o empreendimento "está completamente legalizado".
"Essa liminar não existe,
não tem sentido", disse o
diretor superintendente
da Brascan, Walter Lafemina. A empresa nega que
os 19 mil metros quadrados do terreno sejam alvo
de preservação, mas só os
2.000 metros quadrados
do Itaim.
Segundo José de Albuquerque, diretor de incorporação da Brascan, a obra
começou a ser feita com
toda a documentação legal
e é acompanhada, disse,
por órgãos da prefeitura e
de preservação.
A empresa nega que a
parte já executada das
obras tenha prejudicado o
patrimônio arqueológico
do entorno do sítio Itaim.
Albuquerque diz que o
levantamento do patrimônio arqueológico da área
foi pedido em uma reunião
com o Iphan e a Procuradoria "há cerca de dez
dias", mas que não era
condição para que a construção prosseguisse.
"Estávamos pesquisando se um estudo semelhante feito nos anos 80
está disponível no Museu
de Arqueologia [da USP].
E, se fosse necessário, iríamos contratar um novo
estudo. Era isso que estava
combinado." O Ministério
Público Federal nega a
existência de um acordo.
Albuquerque disse que,
com a inclusão da praça,
esse será "um projeto com
fins culturais, que irá valorizar o sítio [Itaim]".
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