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Com 227 radares, rodovias de SP vão ganhar mais 345
Concessionárias já estão instalando 177 aparelhos; governo compra outros 168
Segundo o DER, nos últimos três anos, 10 milhões de
multas foram aplicadas
por radar; para empresas,
objetivo é reduzir acidentes
Eduardo Knapp/Folha Imagem
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Placa informa sobre radar na rodovia dos Bandeirantes
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS
CAMPOS
Os motoristas que trafegam
por rodovias paulistas, privatizadas ou não, terão de redobrar
a atenção para evitar multas
aplicadas com base na fiscalização por radares. Com 227 equipamentos hoje, as estradas de
São Paulo deverão ganhar outros 345 nos próximos meses.
Do novo contingente, 177 estão sendo implantados, todos
em vias sob concessão -outros
168 equipamentos, exclusivos
para as rodovias administradas
pelo Estado, estão em licitação.
A Folha pediu para as 18 empresas que administram rodovias em SP e para o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) a localização dos novos
radares, mas apenas duas concessionárias responderam.
Segundo a Rodovias do Tietê,
14 ficarão no corredor leste da
rodovia Marechal Rondon e em
outras cinco estradas nas regiões de Piracicaba, Botucatu e
Tietê. Já a ViaRondon disse
que 21 serão instalados no trecho oeste da Marechal Rondon,
entre Bauru e Castilho.
As concessionárias, o DER e
a Polícia Militar Rodoviária são
responsáveis por determinar,
em conjunto, os locais de colocação dos radares, de acordo
com a incidência de acidentes.
Segundo o DER, são levados
em consideração critérios como "volume de veículos, peculiaridade da pista, características geométricas e pontos com
alto índice de acidentes".
Concessionárias disseram
que a instalação de radares visa
a redução de acidentes em pontos considerados perigosos.
Elas também alegam que, desde 2007, ao menos 25 estradas
foram privatizadas e, por isso,
começam a receber os radares.
Multas
Levantamento do DER feito
a pedido da Folha apontou que
quase 10 milhões de multas foram aplicadas por meio de radares nos últimos três anos
-tanto nas privatizadas quanto nas rodovias do Estado.
O número equivale a quase
metade da frota de veículos do
Estado, que é de 19,13 milhões
(a maior do país). Dessas multas, cerca de 70% foram aplicadas por excesso de velocidade,
segundo a Secretaria de Estado
dos Transportes. Entre os 30%
restantes, estão infrações como
trafegar no acostamento.
O órgão não divulgou o valor
arrecadado com os radares
-informou não ser "possível o
levantamento, já que nem todas as multas se transformam
em arrecadação". A secretaria
não soube informar quantas
multas foram pagas.
Do total arrecadado, 95% ficam com o Estado e 5% são repassados ao Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). O dinheiro deve ser aplicado em programas de educação
no trânsito e na aquisição de
equipamentos, por exemplo.
As concessionárias e os fabricantes dos radares nada recebem da receita com multas.
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