|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
LEGISLATIVO
Partidos buscam apoio para assegurar a presidência da comissão
PT e PSDB brigam pela CPI dos fiscais
MELISSA DINIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Vereadores do PT e do PSDB
disputam a presidência de uma
CPI para investigar as novas denúncias de cobrança de propina
envolvendo fiscais da regional da
Sé. Dalton Silvano (PSDB) e o líder do governo na Câmara, José
Mentor (PT), colheram assinaturas para protocolar requerimentos de criação da comissão.
A criação de uma CPI liderada
pelo PT foi defendida anteontem
pela prefeita Marta Suplicy após o
PSDB ter anunciado a idéia.
Segundo Mentor, seu requerimento já teria 29 assinaturas, cinco a mais do que o de Silvano. Para protocolar o pedido são necessárias apenas 19 assinaturas.
Mas a disputa para a criação da
comissão deve ocorrer daqui a
cerca de dez dias, quando quatro
das cinco CPIs que funcionam
atualmente encerrarão seus trabalhos. Há 35 pedidos de CPI na
fila e o regimento interno da Câmara permite no máximo cinco
comissões simultâneas.
As CPIs que conseguirem o
apoio de 28 dos 55 vereadores
passam na frente das outras. Pela
regra da Câmara, o autor do pedido da CPI que for aprovada assume a presidência da comissão.
"O PT não pode investigar o
próprio PT. Já tivemos o exemplo
da CPI do Lixo que não deu em
nada", afirma Silvano.
Segundo a oposição, o apoio à
CPI dos fiscais é uma tentativa do
PT de abafar a criação da comissão que investigaria a transferência de verbas da saúde e dos programas sociais para publicidade
no governo Marta, requerida na
semana passada.
"O PT sempre combateu a corrupção, nada mais justo do que o
partido presidir a comissão. O
problema da publicidade não é
caso de CPI, o dinheiro foi muito
bem utilizado", afirma o líder do
partido, Arselino Tatto.
Texto Anterior: Administração: Reforma do centro muda a pedido do BID Próximo Texto: Panorâmica - Saúde: Sindicato denuncia "sucateamento" de hospitais e de postos de atendimento Índice
|