São Paulo, quarta-feira, 29 de maio de 2002

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LEGISLATIVO

Partidos buscam apoio para assegurar a presidência da comissão

PT e PSDB brigam pela CPI dos fiscais

MELISSA DINIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Vereadores do PT e do PSDB disputam a presidência de uma CPI para investigar as novas denúncias de cobrança de propina envolvendo fiscais da regional da Sé. Dalton Silvano (PSDB) e o líder do governo na Câmara, José Mentor (PT), colheram assinaturas para protocolar requerimentos de criação da comissão.
A criação de uma CPI liderada pelo PT foi defendida anteontem pela prefeita Marta Suplicy após o PSDB ter anunciado a idéia.
Segundo Mentor, seu requerimento já teria 29 assinaturas, cinco a mais do que o de Silvano. Para protocolar o pedido são necessárias apenas 19 assinaturas.
Mas a disputa para a criação da comissão deve ocorrer daqui a cerca de dez dias, quando quatro das cinco CPIs que funcionam atualmente encerrarão seus trabalhos. Há 35 pedidos de CPI na fila e o regimento interno da Câmara permite no máximo cinco comissões simultâneas.
As CPIs que conseguirem o apoio de 28 dos 55 vereadores passam na frente das outras. Pela regra da Câmara, o autor do pedido da CPI que for aprovada assume a presidência da comissão.
"O PT não pode investigar o próprio PT. Já tivemos o exemplo da CPI do Lixo que não deu em nada", afirma Silvano.
Segundo a oposição, o apoio à CPI dos fiscais é uma tentativa do PT de abafar a criação da comissão que investigaria a transferência de verbas da saúde e dos programas sociais para publicidade no governo Marta, requerida na semana passada.
"O PT sempre combateu a corrupção, nada mais justo do que o partido presidir a comissão. O problema da publicidade não é caso de CPI, o dinheiro foi muito bem utilizado", afirma o líder do partido, Arselino Tatto.



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