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OUTRO LADO
"Se fosse dona de drogas seria rica", afirma acusada
DA SUCURSAL DO RIO
Acusada pela polícia do Rio
de Janeiro de fornecer as drogas para os menores venderem
nas ruas da Lapa, Rosemar da
Conceição negou que participasse da suposta quadrilha.
"Na minha casa não tem gás,
não tem comida para meus filhos. Se eu fosse dona de drogas
ou mandasse drogas, ficaria rica e teria dinheiro para me
manter e manter meus filhos.
Eu sou pobre, tenho seis filhos", declarou.
Conceição afirmou que andava pela Lapa porque um de
seus filhos estava internado no
hospital Menino Jesus, que fica
próximo ao bairro.
Ela afirmou que, no ano passado, chegou a ser detida na região e os policiais a acusaram
de ser a responsável pelas bocas-de-fumo da Lapa apesar de
não terem encontrado drogas
com ela.
"Os policiais me disseram para eu sumir da Lapa, que não
queriam me ver lá, senão me
botariam em cana", disse.
Conceição foi presa quando
dormia com três filhos em uma
casa no morro dos Prazeres,
em Santa Teresa. As crianças
foram encaminhadas ao Conselho Tutelar.
Vida sofrida
Sobre o fato de estar morando no morro dos Prazeres,
Conceição disse que foi convidada por uma amiga e que não
tinha envolvimento com os traficantes.
Afirmou ainda que sempre
levou uma vida sofrida. "Eu fui
menina de rua. Fugi de casa aos
seis anos de idade e fui morar
na rua", disse ela, que admitiu
já ter praticado roubos.
Conceição foi levada para a
carceragem da Polinter, na zona portuária do Rio. Dali, será
encaminhada para a casa de
custódia feminina de Bangu
(zona oeste). Responderá pelo
crime de tráfico de drogas.
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