São Paulo, domingo, 29 de maio de 2005

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Inquérito é "colcha de retalhos", diz advogado de rapaz

DA REPORTAGEM LOCAL

"Uma colcha de retalhos." É assim que Ribamar de Souza Batista, advogado de Cleonder Santos Evangelista, descreve o inquérito produzido pela polícia para indiciar o ex-interno da Febem, o que resultou em um processo criminal por crimes de latrocínio e coação de testemunhas.
De acordo com ele, "as testemunhas são ouvidas várias vezes e, em cada uma delas, falam uma coisa diferente".
O ex-interno define a investigação do caso como "tapa-buraco", com a intenção de desmoralizá-lo (leia texto nesta página).
Souza Batista afirma que vai impetrar um habeas corpus para que Evangelista possa responder ao processo em liberdade.

Direitos humanos
A família de Evangelista procurou a Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo e o MNDH (Movimento Nacional de Direitos Humanos) para denunciar o caso.
"É necessária uma investigação para saber a veracidade das provas e se houve abuso de autoridade", afirma Ariel de Castro Alves, coordenador estadual do MNDH.
"Se, no caso dele, que a Febem utilizou para fazer publicidade, houve esse acompanhamento, o que dizer do acompanhamento dado aos outros egressos da instituição?", questionou Alves.

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