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11 metrópoles podem ter PAC da Segurança
Programa que será apresentado a Lula leva em conta cidades com alto índice de vítimas de homicídios
EDUARDO SCOLESE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Tendo como base os municípios que concentram os mais
altos índices de vítimas de homicídios em todo o país, o governo federal selecionou 11 regiões metropolitanas para serem atendidas pelo Pronasci
(Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania).
O programa, conhecido informalmente como o "PAC da
Segurança", será apresentado
ao presidente Luiz Inácio Lula
da Silva na próxima quinta-feira pelo ministro Tarso Genro
(Justiça). Depois, será aberto
um mês de debate na sociedade
para eventuais modificações
antes do envio para votação no
Congresso.
Das 11 regiões metropolitanas nas quais o Pronasci atuará,
quatro estão no Sudeste -São
Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória. A lista identifica ainda as regiões de Recife,
Salvador, Maceió, Belém, entorno do Distrito Federal, Curitiba e Porto Alegre.
Nesses locais, a média é de
2.307 vítimas de homicídios a
cada ano, segundo documento
do Pronasci obtido pela Folha.
No topo estão três regiões do
Sudeste: São Paulo (7.420), Rio
de Janeiro (5.717) e Belo Horizonte (2.664). Entre as 11 selecionadas, as menos violentas
são Maceió e Belém, com 581 e
542 vítimas de homicídios.
O objetivo do Pronasci é integrar ações de segurança com
programas sociais do governo.
Além disso, um fundo será criado para que, num prazo de dez
anos, os Estados possam se
adaptar para pagar um salário
mínimo nacional aos policiais
militares -entre R$ 1.200 e R$
1.400. Alguns governos já oferecem um piso acima disso.
Um dos enfoques do Pronasci será a redução do analfabetismo nos presídios para que
diminua-se também o índice
de reincidência de crimes.
A meta do programa será alfabetizar 70 mil presos em três
anos. Atualmente, nas 11 regiões a serem beneficiadas, há
cerca de 80 mil presos.
A idéia do governo federal é
que presos com ensino médio,
em regime semi-aberto e cumprindo os dois últimos anos de
pena sejam recrutados como
professores. Nos presídios, em
seis meses, terão de alfabetizar
de 30 a 40 colegas.
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