|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
POLÍCIA
Corregedoria apura ligação de policiais com caça-níqueis
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
A Corregedoria da Polícia
Civil investiga possível esquema de corrupção que envolve donos de máquinas caça-níqueis e policiais de todo
o Estado. A peça-chave do
caso é o advogado Jamil
Chokr, 34, internado desde
sexta-feira após se envolver
em um acidente de carro.
Especialista na defesa dos
interesses de donos de bingos e de empresas que montam e distribuem caça-níqueis no país, Chokr, segundo PMs que o socorreram na
sexta, transportava R$ 38 mil
em dinheiro e placas usadas
nas máquinas no porta-malas de seu Vectra blindado.
À polícia, Chokr disse que
perdeu o controle do carro e
bateu em um ônibus, na marginal Tietê, após ter sido seguido por um motoqueiro.
Após o acidente, Chokr
operou o tornozelo e está internado, sob escolta policial.
Cerca de R$ 18 mil (dos R$
38 mil apreendidos) estavam
em 31 envelopes e, neles, haviam alguns números e, na
seqüência, as letras "D" e "P",
o que levou os PMs a desconfiar que poderiam ser abreviações de distrito policial ou
delegacia de polícia.
Autoridades
Após a apreensão do dinheiro, de alguns bilhetes
com o nome de autoridades
policiais e das peças para caça-níqueis, o delegado José
Antonio Ayres de Araújo, da
Corregedoria, disse que as letras poderiam significar "departamento pessoal" ou
"despesa pessoal."
Ontem, Chokr prestou
dois depoimentos à Corregedoria. Um sobre a tentativa
de assalto e o outro, sobre o
dinheiro. Mas a polícia só divulgou informações sobre o
suposto assalto. Segundo a
assessoria da Secretaria da
Segurança Pública, a delegada Cintia Maria Quaggio, responsável por apurar o envolvimento de policiais com o
caso, "não teve tempo de ler
o depoimento dele".
Texto Anterior: 11 metrópoles podem ter PAC da Segurança Próximo Texto: Simulação poderia ter mais mortos, diz PM de Mato Grosso Índice
|