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Na Geografia e História, prédio tem sala de aula improvisada e rachaduras
Raimundo Paccó/Folha Imagem
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Funcionário da USP mostra rachadura no prédio da Geografia, que tem problemas de estrutura |
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
O prédio de dois andares que
abriga os departamentos de
Geografia e História da USP,
do final dos anos 60 e um dos
mais antigos da instituição, está com sérios problemas em
sua estrutura.
Rachaduras nas paredes e
infiltrações no teto, por causa
das chuvas, estão por toda a
parte da edificação, localizada
no campus do Butantã.
Alunos ainda relatam que
têm de ficar espremidos nas
salas. São apenas 22 classes para acomodar 2.300 alunos,
média de 104 alunos por sala.
"O ideal seriam 50 estudantes por sala, mas estou sendo
obrigado a receber 120 alunos
numa sala no período noturno", afirma o professor de geografia Francisco Scarlato, 68.
Para atender a demanda, os
departamentos dos cursos improvisaram quatro classes onde antes existiam um museu,
uma biblioteca e dois anfiteatros com poeira e mofo.
"A falta de professores e salas de aula nos obrigam até a ficar numa fila para fazermos
matérias obrigatórias do currículo", diz o aluno de geografia
João Paulo Sebastião, 22.
A contratação imediata de
professores e funcionários e a
construção de novos prédios
são duas das 17 pautas de reivindicação dos alunos que invadiram no dia 3 de maio o edifício da reitoria da USP.
A direção da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas) diz ter pedido mais docentes e afirmou
que o projeto para a reforma
do prédio já está pronto, mas
não soube informar, entretanto, quando ele será executado.
"A universidade cresceu nos
últimos anos e tem problemas
sérios por causa disso. As salas
estão lotadas, tem muito aluno
e isso vai se acentuar ainda
mais nos próximos anos. Estamos operando num quadro de
aumento grande e com a necessidade de tentar adequar ou
ampliar a estrutura [do prédio]", reconhece o diretor da
FFLCH, Gabriel Cohn.
Os alunos que invadiram a
reitoria afirmam, porém, que a
demora na execução das obras
de reforma no prédio da Geografia e História é um problema "crônico" que já se "arrasta
há pelo menos dois anos."
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