São Paulo, terça-feira, 29 de maio de 2007

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Na Geografia e História, prédio tem sala de aula improvisada e rachaduras

Raimundo Paccó/Folha Imagem
Funcionário da USP mostra rachadura no prédio da Geografia, que tem problemas de estrutura


KLEBER TOMAZ

DA REPORTAGEM LOCAL

O prédio de dois andares que abriga os departamentos de Geografia e História da USP, do final dos anos 60 e um dos mais antigos da instituição, está com sérios problemas em sua estrutura.
Rachaduras nas paredes e infiltrações no teto, por causa das chuvas, estão por toda a parte da edificação, localizada no campus do Butantã.
Alunos ainda relatam que têm de ficar espremidos nas salas. São apenas 22 classes para acomodar 2.300 alunos, média de 104 alunos por sala.
"O ideal seriam 50 estudantes por sala, mas estou sendo obrigado a receber 120 alunos numa sala no período noturno", afirma o professor de geografia Francisco Scarlato, 68.
Para atender a demanda, os departamentos dos cursos improvisaram quatro classes onde antes existiam um museu, uma biblioteca e dois anfiteatros com poeira e mofo.
"A falta de professores e salas de aula nos obrigam até a ficar numa fila para fazermos matérias obrigatórias do currículo", diz o aluno de geografia João Paulo Sebastião, 22.
A contratação imediata de professores e funcionários e a construção de novos prédios são duas das 17 pautas de reivindicação dos alunos que invadiram no dia 3 de maio o edifício da reitoria da USP.
A direção da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) diz ter pedido mais docentes e afirmou que o projeto para a reforma do prédio já está pronto, mas não soube informar, entretanto, quando ele será executado.
"A universidade cresceu nos últimos anos e tem problemas sérios por causa disso. As salas estão lotadas, tem muito aluno e isso vai se acentuar ainda mais nos próximos anos. Estamos operando num quadro de aumento grande e com a necessidade de tentar adequar ou ampliar a estrutura [do prédio]", reconhece o diretor da FFLCH, Gabriel Cohn.
Os alunos que invadiram a reitoria afirmam, porém, que a demora na execução das obras de reforma no prédio da Geografia e História é um problema "crônico" que já se "arrasta há pelo menos dois anos."


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