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SEGURANÇA
Estado terá centro operacional para "capacitar a todos para o trabalho em conjunto", segundo o coordenador do grupo
PF treinará policiais da força-tarefa no Rio
IURI DANTAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os policiais civis e militares que
integrarem a força-tarefa do governo para o combate à violência
no Rio de Janeiro passarão por
um "treinamento mínimo" em
um centro operacional que será
criado no Estado.
O estágio terá como objetivo
"capacitar a todos para o trabalho
em conjunto", segundo o coordenador nacional do programa, o
delegado da Polícia Federal Getúlio Bezerra dos Santos.
Segundo o delegado, os resultados da iniciativa só poderão ser
vistos "a médio e longo prazo". "É
preciso não banalizar a força-tarefa e acabar com essa idéia de
que estamos preparando uma nova invasão da Normandia."
Ontem, no final do dia, Santos
participou de uma reunião com o
presidente Fernando Henrique
Cardoso e o ministro da Justiça,
Miguel Reale Júnior, para discutir
a atuação da força-tarefa no Rio.
A estrutura da força-tarefa está
ainda no rascunho. Em até 90
dias, segundo o delegado, haverá
um núcleo de coordenação, responsável pelo gerenciamento das
informações, e núcleos operacionais em funcionamento no Rio. A
eles caberá o levantamento de dados, avaliação de possíveis alvos e
planejamento das ações.
Santos não descarta a infiltração
de policiais disfarçados em quadrilhas ou locais onde o crime organizado tenha bases conhecidas.
Até sexta-feira, o coordenador
termina a etapa "teórica" do programa. O manual de procedimentos e um regimento interno da
força-tarefa estão em fase final de
elaboração por uma equipe da
Polícia Federal.
Após a conclusão dos documentos, o diretor-geral da corporação, Itanor Neves Carneiro, terá
de aprovar os textos e assinar as
minutas de convênio com os órgão envolvidos na iniciativa.
Santos afirmou ontem que um
dos principais problemas iniciais
é a "carência" de recursos humanos. Questionado se isso significava a contratação de novos agentes, disse apenas que essa não é
sua área.
De acordo com o coordenador
da força-tarefa, a Polícia Federal
intensificará investigações sobre
pontos de produção de maconha
no nordeste. Santos prevê, também, o estabelecimento de parcerias com países vizinhos para tentar impedir a entrada de drogas e
armas no Brasil.
A Receita Federal deverá investigar a movimentação financeira
de suspeitos de participação no
narcotráfico para identificar as
formas de lavagem de dinheiro
utilizada pelos criminosos.
Colaborou SANDRO LIMA, da Sucursal de
Brasília
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