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Rapaz passou por 30 cirurgias reparadoras
FERNANDA BASSETTE
DA REPORTAGEM LOCAL
O estudante Ênio Bonfin
da Silva, 17, não tinha idéia
do risco quando, aos dois
anos, foi brincar de acender
fogueira com a sua irmã mais
velha. Era uma tarde de domingo e seus pais dormiam.
Ele e a irmã colocaram papéis picados no quintal, viraram uma garrafa de álcool e
atearam fogo. Resultado: as
chamas atingiram Ênio.
A queimadura era grave e
atingiu 85% de seu corpo, inclusive o rosto. "Os médicos
disseram para os meus pais
que eu não sobreviveria. Mas
eu resisti e hoje sou uma pessoa normal. Foi um milagre."
Conviver com as seqüelas
do acidente não foi tarefa fácil para o estudante. Ele já
passou por 30 cirurgias plásticas reparadoras.
A santista Bianca, de quatro anos, também sofreu
queimaduras graves nas pernas quando brincava em volta de uma fogueira. Está internada há mais de um mês
na Santa Casa de Santos e,
por conta dos ferimentos,
não tem previsão de alta.
"Ela estava brincando em
volta da fogueira e a prima
jogou mais álcool. As chamas
"espirraram" e atingiram a
Bianca. Ela estava usando
shorts e a pele soltou inteirinha", disse Leize Naiara Alves, 21, mãe da menina.
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